O desembargador Eduardo Gallo apresentou nesta terça-feira (8) pedido de licença médica ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC). Segundo o colunista Rafael Martini, do jornal Diário Catarinense, o magistrado permanecerá afastado das funções por, pelo menos, 30 dias para tratamento de uma fibrilação cardíaca identificada durante exames realizados na segunda-feira (7).
Gallo está envolvido no centro de uma polêmica ao ser acusado pelo advogado Felisberto Odilon Córdova de pedir propina em troca de voto favorável. O bate-boca, registrado em vídeo (veja acima), ocorreu durante julgamento na 1ª Câmara Cível, na tarde da última quinta-feira (3), que analisava um agravo de instrumento interposto em execução de honorários, que envolvia uma disputa de R$ 35 milhões.
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Durante a sessão, Córdova afirmou que Gallo, relator do processo, havia solicitado R$ 700 mil para beneficiá-lo no julgamento. Bastante exaltado, o advogado não economizou nas críticas. Diante da denúncia, que chamou de infundada, o desembargador exigiu de pronto que se desse ordem de prisão ao advogado, reclamou dos excessos e disse nunca ter sido chamado de vagabundo em 25 anos de magistratura.
Para acalmar os ânimos, o presidente da Câmara, desembargador Raulino Brunning, pediu vistas dos autos, suspendeu o julgamento e decidiu oficiar o Ministério Publico e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para acompanharem o caso.