O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, esteve em Caxias do Sul nesta sexta-feira (02) para tratar do caso do advogado Mauro Rogério Silva dos Santos, 51 anos, envolvido em um confronto com policiais militares durante protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff. Em entrevista coletiva, disse que a OAB expressa solidariedade a Santos e que vai buscar a apuração rigorosa dos fatos.
"Não podemos aceitar que um cidadão seja agredido desta maneira sem que haja uma razão para uma agressão como essa", afirmou. A OAB abriu um expediente de comissão interna de defesa das prerrogativas dos advogados. Em Caxias, Lamachia tinha previsão de se reunir com a Brigada Militar e com a Polícia Civil. Além disso, tentará uma audiência com o secretário de Segurança Pública, Cezar Schirmer.
O confronto aconteceu na rua Dr. Montaury, no Centro da cidade, por volta das 23h de quarta-feira (31). Um vídeo que circula nas redes sociais, postado pela página Mídia Ninja, mostra o momento em que dois PMs tentam conter Santos. Em seguida, ele atingido com golpes de cassetete e com spray de pimenta pelos policiais. Quando os brigadianos conseguem imobilizá-lo, Vinícius Zabot dos Santos, 21 anos, filho do advogado, se aproxima e desfere um chute na cabeça de um dos policiais, que cai desacordado.
Na quinta-feira, a Brigada Militar defendeu que o vídeo mostra a tentativa dos policiais de conter o homem. Ainda segundo a corporação, o advogado desferiu uma cabeçada contra o sargento. As images do vídeo, segundo a BM, são do momento posterior a essa suposta agressão. A corporação abriu inquérito para apurar a ação dos policiais.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o advogado disse que só tentou se identificar e saber porque estavam prendendo um grupo de jovens, entre eles, o filho dele.
