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Cumprindo a decisão tomada durante assembleia realizada no último dia 13, os metroviários anunciaram que a Trensurb paralisará as atividades a partir da meia noite desta quinta-feira. Em reunião realizada entre a categoria e a empresa na tarde desta quarta-feira, ficou estabelecido que os trens deverão circular nos horários de pico (das 5h30 às 8h30 e das 17h30 às 20h30).
Na manhã desta quarta-feira, o Sindimetrô/RS emitiu uma carta aberta à população confirmando a paralisação e explicando os motivos da greve. Segundo o Sindicato, a categoria reivindica a contratação de mais profissionais para atuar na segurança e nas bilheterias das estações como forma de melhorar a qualidade do serviço e diminuir filas e tempo de espera dos usuários.
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Os trabalhadores também exigem um reajuste dos salários de acordo com a inflação de 9,28%, já que a porcentagem oferecida pela empresa na última assembléia foi de 8,28%.
Segundo a Trensurb, uma nova proposta foi apresentada durante audiência de conciliação realizada na tarde desta quarta-feira no Tribunal Regional do Trabalho, na qual a empresa manteve a proposta de reajuste salarial de 8,28% e ofereceu ajuste de 9,28% sobre os auxílio como vale-refeição/alimentação e cesta básica. Também foi oferecido um tíquete-refeição/alimentação adicional todos os meses.
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Conforme nota enviada à imprensa, a Trensurb acredita que houve avanços nas negociações e afirma que "os representantes do Sindimetrô-RS comprometeram-se a apresentar a proposta à categoria, porém alegam que é impossível a realização de uma assembleia geral antes do início da paralisação". A empresa "espera que os representantes da categoria reconsiderem a posição de paralisar e com isso não haja prejuízo para a população que depende do serviço do metrô".
De acordo com o presidente do Sindimetrô, Luíz Henrique Chagas, o sindicato convocará uma reunião com a categoria ao meio-dia desta quinta-feira para comunicar a proposta da Trensurb.
– Durante a audiência de hoje (quarta-feira), as propostas pouco avançaram. Vamos apresentá-las para a categoria, mas acreditamos que não há chances da greve ser revertida – afirmou.