O foguete europeu Vega-C decolou, nesta terça-feira (29), da base espacial de Kourou, na Guiana Francesa, às 6h15 e pôs em órbita com sucesso o satélite científico europeu Biomass 57 minutos depois da decolagem, indicou um correspondente da AFP no local.
O satélite, desenvolvido pela Agência Espacial Europeia (ESA), foi posto em órbita a uma altitude de 666 quilômetros e medirá com precisão a quantidade de carbono armazenado nas florestas.
Graças a medições de radar de baixa frequência realizadas pela primeira vez do espaço, o Biomass permitirá elaborar um "mapeamento da biomassa e da altura das florestas do planeta", disse a ESA.
O objetivo é compreender melhor o papel das árvores no ciclo do carbono.
Graças ao seu radar de longo comprimento de onda (cerca de 70 cm), o maior disponível para observação da Terra, o satélite pode medir, na escala de um hectare, os troncos, galhos e caules lenhosos onde as árvores armazenam a maior parte de seu carbono.
"Em termos de inovação tecnológica, é um grande passo adiante", disse em uma coletiva de imprensa Simonetta Cheli, diretora de programas de observação da Terra da ESA.
Essa missão científica, essencial para definir melhor as medidas para lutar contra a mudança climática, também mapeará a geologia subterrânea dos desertos, a estrutura da camada polar e a topografia dos solos florestais.
A vida útil do satélite é de cinco anos e os primeiros dados estarão disponíveis dentro de seis meses.
* AFP