Pelo quinto mês seguido em 2016, os servidores do Poder Executivo receberão os salários parcelados do governo do Estado. Serão seis etapas até o dia 12 de julho, conforme anunciou a Secretaria da Fazenda, nesta quarta-feira. Este é o sétimo fatiamento de vencimentos em 18 meses de governo Sartori.
A primeira parcela será depositada nesta quinta-feira, no valor de R$ 2,6 mil – suficiente para quitar os vencimentos de 62% dos funcionários do Executivo, segundo o secretário Giovani Feltes. A segunda e a terceira serão de R$ 400 e R$ 250, respectivamente, abrangendo vencimentos entre R$ 3 mil e R$ 3.450.
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Depois, o governo deve depositar mais R$ 600 para vínculos de R$ 4.050 e R$ 800 para salários até R$ 4.850. O saldo dos vencimentos acima deste valor serão quitados na sexta parcela.
A receita de junho, conforme a Secretaria da Fazenda, ficou em R$ 2,28 bilhões. No entanto, o valor real disponível para pagamentos foi de R$ 2,03 bilhões. Como as despesas do mês totalizaram R$ 2,48 bilhões, faltaram R$ 446 milhões para quitar as dívidas com o funcionalismo. O uso de depósitos judiciais foi o fator que mais pesou no resultado negativo, representando um gasto de R$ 105 milhões.
A folha de pagamento do Estado gira em torno de R$ 1,4 bilhão, em valores brutos. Em valores líquidos, que é a métrica adotada pela Fazenda, a folha é de R$ 991 milhões.
A cada mês, o Rio Grande do Sul "economiza" R$ 275 milhões, que é seria parcela da dívida com a União. Porém, segundo Giovani Feltes, o valor não está sendo suficiente para equilibrar o caixa financeiro estadual.
– Esses R$ 275 milhões da dívida nos ajudam sobremaneira. Em especial a enxergar uma luz, que não é a de um trem com farol aceso vindo no sentido contrário. Se a economia melhorar, quem sabe, muito provavelmente, lá pela metade do ano que vem o Rio Grande do Sul esteja em condições bem mais favoráveis – afirmou Feltes.
– Pouco a pouco, com as ações que temos tomado, não tenho a menor dúvida que vamos chegar a um patamar razoável de equilíbrio para não vivenciarmos situações angustiantes como essa (de parcelar os salários). Agora, seria temerário qualquer previsão mais otimista – acrescentou o secretário.