A advogada suspeita de exigir dinheiro de presos em flagrante para libertar os criminosos se entregou ao Ministério Público nesta sexta-feira (17). A mulher, que tinha contra um mandado de prisão preventiva, foi interrogada e encaminhada à Penitenciária de Guaíba. Na quinta-feira (16), uma operação conjunta do Ministério Público e Polícia Civil prendeu preventivamente um delegado de polícia, dois policiais civis, e mais um integrante do grupo.
Um ex-policial militar segue foragido. Segundo o MP, o grupo cobrava valores acima da fiança e se apropriavam do valor excedente."O ex-PM e a advogada ficavam do lado de fora da Delegacia, fazendo o intermédio da cobrança junto aos familiares dos presos", diz o órgão, que estima que a cada plantão o lucro era de R$ 2 mil a R$ 5 mil.
A investigação aponta que eles também consultavam o sistema restrito à segurança pública para verificar se determinado veículo poderia ser indevidamente restituído, clonado ou adulterado, bem como avisavam a terceiros sobre eventuais investigações policiais em andamento.
Os fatos ocorreram na Delegacia de Pronto Atendimento de Alvorada, pelo menos entre março e junho de 2016.