A justiça luxemburguesa anunciou nesta quarta-feira que publicará sua decisão no julgamento aos informantes do caso 'LuxLeaks' em 29 de junho.
A procuradoria pediu nesta terça-feira 18 meses de prisão contra dois ex-funcionários da consultora PricewaterhouseCoopers (PwC), Antoine Deltour e Raphael Halet, que entregaram milhares de documentos confidenciais sobre as práticas fiscais das multinacionais no Grão Ducado ao jornalista francês, Edouard Perrin, também julgado neste caso.
Os documentos vazados foram depois depois publicados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) em novembro de 2014, durante os primeiros dias em função do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, ex-primeiro-ministro de Luxemburgo durante quase 20 anos (1995-2013).
Sob seu governo o Grão-Ducado assinou vários acordos fiscais com as multinacionais, conhecidos como "tax ruling".
As revelações trouxeram à tona práticas de empresas como Apple, IKEA, Pepsi, Fiat e Starbucks. No total, foram 548 acordos fiscais negociados em nome de 350 empresas pela PwC com a administração fiscal de Luxemburgo.
* AFP