O presidente de Burkina Faso, Roch Marc Christian Kaboré, prometeu nesta segunda-feira "fazer tudo o possível" para encontrar o casal australiano sequestrado por jihadistas em meados de janeiro em Djibo, no norte do país.
"Sobre o casal Elliot, os dois reféns australianos raptados por sequestradores na madrugada de 16 de janeiro em Djibo (na fronteira com o Mali e o Níger), eu gostaria de tranquilizar suas famílias e o governo australiano de que tudo está sendo feito em conjunto com nossos vizinhos e amigos no Mali e Níger, e os nossos parceiros estrangeiros para encontrá-los", disse Kaboré.
O chefe de Estado falava durante uma cerimônia de homenagem nacional às vítimas dos ataques de 15 de janeiro contra um café-restaurante em Uagadugu, que matou 30 pessoas, contra policiais em Tin-AKoff (norte), que deixou dois mortos, e o sequestro do casal.
Originários de Perth, Arthur Kenneth Elliot (82 anos) e Josephine (84) viviam em Burkina Faso desde 1972 e participavam de operações humanitárias às populações da província de Soum e dos países vizinhos do Mali e do Níger.
Cirurgião, o doutor Elliot dirige uma clínica que emprega doze pessoas, todas da província. Os habitantes de Djibo, que apreciavam particularmente o casal, estão mobilizados para exigir a libertação dos "seus" compatriotas através da organização de vários eventos e, em particular, através da criação de uma página no Facebook.
O sequestro foi reivindicado pelo Ansar Dine, um grupo jihadista do ex-líder rebelde tuaregue malinense Iyad Ag Ghaly, aliado da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (Aqmi).
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