O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse nesta quarta-feira que o Congresso está praticamente virando a página da pauta-bomba e enterrando os projetos que comprometiam a perspectiva de retomada do crescimento econômico do país.
- Superamos todos os vetos que tinham impacto (econômico). O país não suportaria. Seria uma quebradeira geral se nós tivéssemos derrubado esses vetos - disse.
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Na terça-feira, os parlamentares mantiveram os vetos ao reajuste do Judiciário e à proposta que permitia que os professores descontassem do imposto de renda gastos com a compra de livros. Nesta quarta, o governo conseguiu manter o veto ao atrelamento da política do salário mínimo a todos os benefícios pagos pelo INSS.
O petista lembrou que a Câmara manteve os vetos presidenciais sem que fosse preciso consultar os senadores.
- A Câmara atendeu ao apelo do governo, principalmente do ministro da Fazenda - declarou.
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Além dos projetos relacionados ao Orçamento da União, Guimarães disse que falta apenas a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação das Receitas da União (DRU) para que a Câmara cumpra seu compromisso com o Executivo. A perspectiva é votar a PEC no plenário da Câmara até o início de dezembro.
Financiamento de campanha
O líder disse que o governo vai liberar a base aliada para votar como quiser o veto ao financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Embora ele, o PT e o governo sejam contrários a esse tipo de financiamento, Guimarães afirmou que há um consenso de que o Executivo não deve se intrometer na questão.
- O governo não vai fazer um cavalo de batalha por uma questão que não é de governo - justificou.
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O petista defendeu que o veto fosse mantido para atender a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
- Acho que isso era o melhor, mas não vou encaminhar para a favor ou para derrubar - reiterou.
*Estadão Conteúdo