O deputado estadual Mário Jardel (PSD-RS) enfrentou um contratempo ao desembarcar no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. Na chegada de sua criticada viagem à Europa, o parlamentar teve de passar a bagagem pelo raio-X do Ministério da Agricultura, que detectou produtos agropecuários de entrada proibida via passageiros.
O fato ocorreu na última terça-feira, mas só foi divulgado nesta quinta-feira. Os produtos encontrados - bacalhau, queijo, nozes e conservas de pescado - foram destruídos na frente do deputado, procedimento padrão do Ministério da Agricultura. Não há aplicação de multa nestas situações.
- A gente faz vistoria por amostragem de passageiros de todos os voos internacionais, para verificar os que estão trazendo produtos agropecuários. Com o deputado Jardel, foi a mesma coisa, uma situação normal de fiscalização, que pode acontecer com qualquer um - afirma Consuelo Garrastazu Paixão Côrtes, fiscal federal agropecuária.
Após 10 dias na Europa, Jardel explica viagem em nota
Conforme o posto Ministério da Agricultura no aeroporto, somente em setembro, 170 passageiros tiveram produtos retidos pelos fiscais - o que resulta um valor próximo a 750kg de produtos apreendidos e destruídos. Neste mês, de acordo com o ministério, o número de retenções deve ser próximo ao do anterior.
Zero Hora entrou em contato com o gabinete do deputado Jardel. O parlamentar está em compromissos nesta manhã, e a assessoria irá se manifestar somente no início da tarde.
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Na Europa, acompanhado de um assessor, ele visitou instituições ligadas à saúde e ao esporte em Portugal e na Itália. O custo do roteiro, aprovado pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, foi de cerca de R$ 37 mil.
A viagem do deputado foi criticada devido à situação financeira crítica do Estado, com corte de horas-extras e diminuição de diárias, inclusive da área da segurança pública.
Contratempo no Salgado Filho
Jardel é barrado no aeroporto com bacalhau e queijo na mala
Ministério da Agricultura ressalta que procedimento de fiscalização de produtos agropecuários é padrão; em setembro, 170 passageiros tiveram produtos detidos
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