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O governador José Ivo Sartori (PMDB) articula em Brasília a inclusão de novos trechos de estradas gaúchas no programa de concessões do Planalto, que já contempla o leilão de um bloco de 581 quilômetros no Estado - BRs 386, 116, 290 e 101. A intenção do Piratini é ampliar a malha e criar um corredor rodoviário entre Santa Catarina e o porto de Rio Grande.
Sartori buscou apoio do vice-presidente Michel Temer, articulador político do Planalto. O governador se reuniu na noite de segunda-feira com o vice, o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, e o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos, que recebeu um estudo elaborado pelo Estado sobre a viabilidade de ampliar as concessões de rodovias. Na manhã desta terça-feira, o governador apresenta o mesmo estudo ao ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues.
- Estamos apresentando alternativas para que se possa estabelecer uma articulação entre as rodovias federais e estaduais para fazer um corredor do Estado de Santa Catarina em direção ao porto de Rio Grande - explicou Sartori.
Lançado em junho pela presidente Dilma Rousseff, o Programa de Investimento em Logística prevê o repasse à iniciativa de privada de quatro estradas federais no Estado em um único contrato: a BR-386 de Canoas até Carazinho, a BR-101 entre Osório e Torres, a BR-116 entre Porto Alegre e Camaquã e a BR-290, no trecho que já está concedido da Freeway, cujo contrato se encerra em 2017.
Com investimento estimado de R$ 3,2 bilhões, o futuro concessionário, que cobrará pedágios, teria de manter a qualidade das vias e duplicar a BR-386 entre Lajeado e Carazinho. Uma das propostas de Sartori é ampliar o trecho desta rodovia até a divisa com Santa Catarina, em Iraí. Outra ideia do governador é acrescentar do ponto concedido a BR-290 até Cachoeira do Sul.
Como os estudos prévios para os leilões ainda não se iniciaram, Sartori confia que será possível alterar a composição original do bloco gaúcho. Na última sexta-feira, o Ministério dos Transportes encerrou o prazo para que as empresas interessadas em realizar os estudos, os Procedimentos de Manifestação de Interesse, pedissem autorização. Ao todo, 30 empresas ou consórcios solicitaram aval para executar os projetos - a União escolherá um estudo que servirá de base para o contrato de concessão. Os pregões só devem ocorrer a partir de 2016.
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*Zero Hora