Escolas estaduais de todo o Rio Grande do Sul fazem sinetaço nesta sexta-feira pela abertura das negociações sobre o piso salarial com o governo do Estado. Por volta das 11h, professores interromperam as aulas para tocar sinetas e distribuir panfletos. As aulas devem continuar normalmente durante o dia.
Governo anuncia criação de mesa de negociação com professores estaduais
Cpers ameaça entrar em greve no próximo mês
O Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers) ainda não tem o balanço de quantas escolas aderiram à mobilização, mas, em Porto Alegre, as escolas Júlio de Castilhos, Três de Outubro, Presidente Roosevelt, Ernesto Dornelles, Vicente da Fontoura, Gabriela Mistral, Aparício Borges e Paulina Moresco foram algumas das que realizaram o sinetaço.
Esta sexta-feira é o prazo estabelecido pelo Cpers para o governo iniciar as negociações com a categoria. Na quinta-feira, a Casa Civil confirmou que irá criar um grupo de secretários para conversar com os professores. Porém, o sindicato disse que ainda não foi comunicado oficialmente pelo governo.
A mesa de negociações, que ainda não tem agenda definida, deverá incluir membros do Cpers e os secretários de Educação, Vieira da Cunha, da Fazenda, Giovani Feltes, e o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi. Além de alta emergencial nos salários de 13,01%, prevista para janeiro e ainda não cumprida pelo governo, os professores cobram uma proposta para o aumento de 34,67%, percentual que faltava para atingir o piso da categoria no fim de 2014.
O vice-presidente do Cpers, Luiz Veronezi, descarta a possibilidade de greve imediata, mesmo que não haja acordo nas próximas semanas. Segundo ele, caso as tratativas não evoluam de forma satisfatória para os professores, a entidade dará início a uma caravana pelo Estado, no sentido de mobilizar a categoria para a paralisação, que poderia acontecer a partir de junho.
A mobilização dos professores continua durante esta sexta-feira. Cada escola tem diferentes ações programadas para as 16h e as 21h, como reunião com os pais, panfletagem e apitaço, mas as aulas devem acontecer normalmente.
Veja fotos da mobilização:
*Zero Hora