
Com término previsto para sexta-feira, a campanha nacional de vacinação contra a gripe deste ano já alcançou 57% da meta de imunização no Estado. Segundo o último boletim divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde, na tarde de ontem, 1,8 milhão de doses foram aplicadas pela campanha.
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Apesar de representar um pouco mais da metade do total que compõe os grupos prioritários - que somam 3,5 milhões de pessoas - o número é considerado satisfatório pelo secretário da Saúde do Estado, João Gabardo:
- Foi o ano que tivemos o maior percentual de cobertura, pelo menos no início da campanha, quando tivemos um período de frio. Depois a temperatura subiu e a procura diminuiu. Como a vacina demora algumas semanas para fazer efeito, é preciso se vacinar agora para garantir proteção quando a temperatura baixar.
A meta é chegar a uma cobertura de 80% dos grupos prioritários. Em 2014, a campanha foi encerrada em 9 de maio com 56% de adesão dos grupos de risco. Houve uma prorrogação de duas semanas e, ao final deste período, a meta foi atingida.
Fernando Weber Matos, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), também acredita que a campanha de 2015 tem resultados mais satisfatórios do que anos anteriores, e que isso se deve principalmente à antecipação do início das vacinações. No Estado, a campanha começou em 27 de abril, uma semana antes que o restante do país, que passou a imunizar a partir de 4 de maio.
- Se levarmos em conta que muitas pessoas deixam a vacinação para a última hora, acredito ser possível aumentar de maneira significativa esse percentual até o final da semana - alertou Matos.
É o que acredita também o secretário Gabardo. Para ele, até sexta-feira será possível atingir ou chegar a um número muito próximo aos 80% dos grupos prioritários, o que implicaria em mais de 1 milhão de doses aplicadas ao longo dos próximos três dias. Neste ano, o Rio Grande do Sul já lidera, proporcionalmente, a cobertura vacinal no país, seguido do Paraná e Santa Catarina.
Greve na Capital pode prejudicar atendimento
Um possível impasse para alcançar as metas de vacinação, que surgiu nos últimos dias em Porto Alegre, é a ameaça de greve dos municipários, que pode afetar alguns serviços de saúde.
Para Gabardo, a paralisação não deve interferir na campanha de vacinação da Capital. A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre garante não ser possível garantir que a oferta de vacinas não será afetada, uma vez que o coordenador de cada unidade de saúde tem autonomia para decidir sobre os serviços que serão oferecidos, conforme o número de servidores trabalhando durante a greve.
Por isso, a recomendação é buscar a vacina o quanto antes, a fim de garantir a imunização para o inverno que se aproxima.