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A 6ª Delegacia da Polícia Civil (Vila Assunção), que apura a tortura a um taxista durante o fim de semana, em Porto Alegre, trabalha com a hipótese de que os criminosos tinham como objetivo roubar o veículo. O motorista de 22 anos foi agredido, ameaçado e mantido em cativeiro por aproximadamente 10 horas.
A convicção da delegada Aurea Regina Hoeppel de que o jovem foi "a bola da vez" está sustentada no fato de as mulheres que pegaram o táxi no Bairro Praia de Belas, na tarde de sábado, terem buscado outros alvos antes. Elas pediram para ir à Vila dos Sargentos, onde um grupo armado abordou o Voyage e levou a vítima para o cativeiro.
- Achamos que poderia ter algo a mais para ele ter sido tão torturado, então fomos a fundo nas investigações. Vimos que essas duas mulheres tentaram pegar um táxi com um senhor, que se recusou ir até a Vila dos Sargentos. O segundo também não quis. E ele acabou indo - explica.
A equipe da 6ª DP, que tem 10 dias para concluir o inquérito por haver prisão em flagrante, já identificou alguns integrantes da quadrilha. Aurea Regina afirma que existe uma relação do grupo com a facção criminosa Bala na Cara.
- Não posso adiantar algumas coisas que apontam o porquê de ele ter sido muito agredido. Mas foi motivo fútil. Uma das coisas foi ele ter dito que é evangélico. (Os criminosos) estavam drogados - conta a delegada, que acredita que o jovem seria executado se a Brigada Militar não tivesse encontrado a casa onde ele estava.
A vítima, de Alvorada, já foi ouvida. Aurea Regina pediu filmagens das câmeras do Praia de Belas Shopping e procura os taxistas que se recusaram a levar as duas mulheres. Um adulto foi preso e um adolescente foi apreendido pelo 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM) na madrugada de domingo.
*Diário Gaúcho