Após quase 12 horas de julgamento, Luciano Dickel Boles e Lucas Eduardo Macedo dos Reis foram condenados a 67 anos pelas mortes do empresário Gilson Fernandes, 44 anos, o filho dele, Vinícius, 14, e o amigo da família Germano Ióris de Oliveira, 13. Os três foram estrangulados na casa do empresário na noite de 24 de janeiro de 2012. O julgamento iniciou às 9h desta quinta-feira (22). Da pena total, 60 anos são pelos três crimes contra a vida. Os outros sete são por ocultação de cadáver, furto qualificado e fraude processual.
Em depoimento durante o julgamento, Luciano Dickel Boles relatou que ele e o ex-chefe discutiram, mas ele negou ter matado o empresário. Segundo o réu, muito nervoso, ele saiu da casa. Ele afirmou ter esperado ouvir algum grito de Vinícius, pois o pai dele já estava morto no escritório. Ainda segundo o réu, ao entrar novamente na casa, já viu Reis sobre Vinícius. Boles admitiu participação apenas na morte de Germano. Conforme o réu, ele segurou as pernas do adolescente enquanto Reis o estrangulava.
Reis admitiu ter aplicado uma gravata em Fernandes para apartar uma suposta briga entre Boles e Fernandes. Com relação à morte do filho do empresário, Vinícius, Reis afirmou que a responsabilidade foi de Boles. Quando perguntado sobre a morte de Germano, ele disse que não lembrava.
O plenário ficou lotado durante todo o julgamento. Durante manhã e tarde houve fila para assistir ao julgamento. Familiares e amigos das vítimas vestiam camisetas brancas com as fotos deles e os dizeres "pena máxima" estampados.
A defesa vai recorrer da sentença.