O mais ambicioso projeto de revitalização da bacia do Arroio Dilúvio está parado há exatos um ano e dois meses. O trabalho começou ainda em maio de 2011, quando uma comitiva liderada pelo governador Tarso Genro com a presença de representantes universitários conheceu a revitalização de um arroio na Coreia do Sul. Em dezembro de 2012, pesquisadores da PUC e da Ufrgs entregaram um plano de ação, estabelecendo algumas diretrizes.
No entanto, a revitalização precisa agora de R$ 2 milhões para um projeto básico, a ser feito pelos pesquisadores. Um dos integrantes do grupo de trabalho é o diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS. Em entrevista ao Gaúcha Repórter, André Luiz Lopes da Silveira revela desânimo e já fala em encerrar o projeto.
"Estamos a ponto de nos recolher aos nossos nichos de pesquisa, tanto a PUCRS quanto a UFRGS. A UFRGS tem seus problemas com o Dilúvio e podemos atacá-los dentro da universidade. Mas seriam micro-projetos em relação a um grande projeto, que é inovador justamente integrar todas as entidades", desabafa o diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Ufrgs, André da Silveira.
O projeto de revitalização da Bacia do Dilúvio foi lançado após a viagem à Coreia do Sul, em dezembro de 2011. Mas a falta de integração segue sendo um obstáculo para o grupo de trabalho, explica o diretor do IPH.
"Hoje a Smam multa DMAE, então parece que não é um mesmo ente administrativo. A prefeitura é toda fragmentada. Temos 37 secretarias, mais conselhos municipais com 30 pessoas cada. Esse excesso de entidades não é viável", afirma o professor.
Na prefeitura de Porto Alegre, o projeto tem a frente à Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Mas segundo a assessoria da pasta, ainda não está definida a fonte para custear o projeto básico.