Na qualidade de ótimo cliente da Caixa Econômica Federal, protesto contra os R$ 31 milhões de patrocínio que ela dará por ano para o Corinthians.
Eu sou gremista, e o Corinthians compete com o Grêmio em diversos certames.
A Caixa é um banco nacional. Ela não pode, sob pena de desagradar a seus clientes, em face da grande importância que o futebol tem para o povo brasileiro, privilegiar só um dos grandes clubes nacionais.
Sei que a Petrobras patrocina ou patrocinou o Flamengo. Mas a Petrobras é um monopólio, não há como deixar de adquirir gasolina que não seja da Petrobras.
No setor bancário, eu posso preferir um banco a outro. Como cliente da Caixa, se ela patrocina o Corinthians e não patrocina o Grêmio, posso retirar meus investimentos da Caixa e transferi-los para o Itaú, por exemplo.
Eu pediria à direção nacional da Caixa que destinasse patrocínio também ao Grêmio e ao Internacional.
É desigual a Caixa patrocinar somente o Corinthians. Se alguém exigir que eu materialize um exemplo para o que estou dizendo, eu colocaria que esses R$ 31 milhões que o Corinthians vai ganhar da Caixa por ano significa o valor de três grandes jogadores de futebol.
Ou seja, com a benesse que a Caixa concede ao Corinthians, o clube paulista já larga na frente do Grêmio, em qualquer disputa, com três grandes jogadores.
É desigual.
Opinião
Paulo Sant'Ana: "O banco de um clube só"
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