Campeã dos 100 metros costas, dos 100 metros borboleta e dos 50 metros livre da classe (para atletas com baixa visão), além de prata nos 100 metros peito e bronze no revezamento misto 4x100 m livre — 49 pontos, a pernambucana Carol Santiago aumentou nesta sexta-feira (4), sua coleção de medalhas no Campeonato Mundial de Natação Paralímpica, que está sendo disputado em Manchester, na Inglaterra.
A nadadora do Grêmio Náutico União venceu os 100 metros nado livre. Com o tempo de 58s87, ela estabeleceu um novo recorde da competição, superando a ucraniana Anna Stetsenko (1min00s83), que ficou com a prata, e a também brasileira Lucilene Sousa, que faturou o bronze ao registrar 1min01s54.
— Acordei me sentindo um pouco mais cansada hoje. Confesso que foi mais psicológico do que fisicamente. O programa é muito longo. Mas, à tarde, já estava mais organizada. Comemorei com o Léo (Leonardo Tomasello, técnico), porque eu fiz bem a primeira metade da prova. Ele me disse que estou no caminho certo e posso nadar ainda melhor nos Jogos Paralímpicos de Paris — comentou Carol, que até o momento divide com o chinês Jincheng Guo (S5) a condição de atleta que mais subiu no pódio do campeonato. Ambos tem seis medalhas.
Já a potiguar Cecília Araújo da classe S8 (limitação físico-motora) se tornou tricampeã mundial dos 50m livre. Com o tempo de 30s03, ela estabeleceu um novo recorde das Américas e superou a anfitriã britânica Alice Tai (30s97) e a chinesa Shengnan Jiang (31s07).
Quem também voltou a garantir uma medalha foi Susana Schnarndorf, bronze nos 50 m livre S3 (limitação físico-motora). A gaúcha de 55 anos repetiu a colocação 50 metros costas
— Tentei focar só em mim. Nem olho para o lado para focar no meu nado. Nem sabia a minha posição na hora em que cheguei. Estou muito feliz. É muito bom ajudar o Brasil a subir no ranking — avaliou a nadadora da Associação Esporte+.
O Brasil subiu ao pódio mais seis vezes nesta sexta-feira, com a paraense Lucilene Sousa, bronze nos 100 m livre S12; a mineira Patrícia Pereira, da classe S4 (limitação físico-motora), prata nos 50 m livre; o fluminense Daniel Mendes, prata nos 50 m livre S6 (limitação físico-motora); o paulista Gabriel Cristiano, bronze nos 50 m livre S8; e o revezamento misto 4 x 100 m medley – 34 pontos, bronze.
Com 36 pódios em todo o campeonato (12 ouros, 10 pratas e 14 bronzes), o Brasil ocupa a quarta colocação no quadro de medalhas, mas tem mais conquistas do que a líder Itália, que faturou 17 ouros, nove pratas e oito bronzes - 34 no total. Os chineses estão em segundo, com 14 ouros, 16 pratas e 10 bronzes, seguidos pela Ucrânia (14 ouros, 12 pratas e 14 bronzes).