
Ainda no ano passado, Ronaldo Fenômeno havia manifestado a intenção de concorrer à presidência da CBF. À época, o ex-jogador afirmou que se sentia preparado para disputar o posto que atualmente é de Ednaldo Rodrigues.
Nesta quarta-feira (12), no entanto, Ronaldo foi às redes sociais informar que abrirá mão de concorrer. Em uma publicação no Instagram, ele detalhou os motivos:
— No meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo — completou:
— O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções.
A eleição para a presidência da CBF ainda não tem data confirmada, mas irá ocorrer em março ou abril de 2025. Além do presidente da entidade, a votação define também os oito vices.
Quem vota na eleição da CBF?
Os votos são das 27 federações filiadas à CBF e dos 40 clubes das Séries A e B. Ao mesmo tempo, contudo, um sistema de pontos foi adotado. Votos das federações têm peso 3 (somando 81 pontos), dos clubes da Série A peso 2 (somando 40), e dos clubes da Série B, peso 1 (somando 20).
Confira o posicionamento na íntegra
Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião.
Conforme já havia dito, os meus primeiros passos seriam na direção de dar voz e espaço aos clubes, bem como escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados. A mudança necessária viria desse alinhamento estratégico, com a força da visão compartilhada.
No entanto, no meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo.
O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções.
Agradeço a todos que demonstraram interesse na minha iniciativa e sigo acreditando que o caminho para a evolução do futebol brasileiro é, antes de mais nada, o diálogo, a transparência e a união.