O show do intervalo do Super Bowl 2025 receberá um dos grandes artistas da atualidade. O rapper Kendrick Lamar sobe ao palco de Nova Orleans, no domingo (9), após se consolidar como um dos grandes nomes do hip-hop, marcar o ano de 2024 com uma vitória na batalha de rimas contra Drake, seu rival, e se tornar o maior vencedor do Grammy 2025, no último domingo (2), por "Not Like Us", que lhe rendeu cinco prêmios, incluindo o de Música do Ano.
K-Dot, como também é conhecido, nasceu em Compton, cidade ao sul de Los Angeles conhecida pela violência e por revelar nomes importantes do rap e do esporte. Kendrick tem 37 anos e é casado com Whitney Alford, com quem tem dois filhos.
Lamar tem seis álbuns, é um dos únicos artistas fora da música clássica a receber o Pulitzer, por "Damn", e soma 22 prêmios do Grammy. Suas obras costumam ter uma ideia central relacionada com o momento de vida e conectada por uma narrativa. Em ordem, são eles: "Section.80" (2011), "Good Kid, M.A.A.D City" (2012), "To Pimp a Butterfly" (2015), "Damn" (2017), "Mr. Morale & the Big Steppers" (2022) e "GNX" (2024).
Em suas composições, o rapper aborda histórias que vivenciou crescendo em Compton, como a violência policial e a guerra de gangues, questões pessoais, como terapia, depressão e relações familiares, além de temas como racismo estrutural, cenário do hip-hop e religião. Algumas das suas músicas mais conhecidas são: "Humble", "All The Stars", "Money Trees", "Love", "Not Like Us", "Bitch, Don’t Kill My Vibe" e "Alright".
2024 garantiu o Super Bowl
Dentro do público do hip-hop existia um debate sobre os três grandes nomes da atual geração: Kendrick Lamar, Drake e J. Cole. Na música "Like That", de março daquele ano, K-Dot provocou uma batalha de rap para provar que ele estava acima dos outros dois.
Cole respondeu, mas apagou a faixa e se desculpou. Drake entrou no duelo, mas perdeu na opinião pública e nos números. Prova disso é que "Not Like Us" foi o hit do verão americano, passou de um bilhão de streamings no Spotify em apenas oito meses e venceu cinco Grammys. Os prêmios foram: Música do Ano, Gravação do Ano, Melhor Videoclipe, Melhor Música de Rap e Melhor Performance de Rap.
Ainda em setembro, o rapper foi anunciado como a atração do Super Bowl 2025. Embalado, o artista surpreendeu ao lançar o álbum "GNX", sem anúncio prévio, no final de novembro. "Squabble up", "Luther" e "TV off" foram sucessos imediatos.
O que esperar do show
Além de músicas enérgicas, Lamar costuma caprichar as suas apresentações com coreógrafos e roupas estilosas. Normalmente, o show tem uma história, uma narrativa, mas isto não deve ocorrer pelos breves 15 minutos do intervalo.
Ainda em janeiro, a NFL anunciou que a cantora SZA vai performar como convidada, já que eles têm sete músicas colaborativas. A dupla também anunciou uma turnê conjunta pelos Estados Unidos, que começa em abril. No palco de Nova Orleans, "All the Stars" e "Luther", dos dois, são certezas.
Sozinho, Kendrick deve performar "Alright", "TV off", "Not Like Us", "Humble", "Squabble up", "M.a.a.d City", "DNA" e "Money Trees". Outras faixas possíveis são "Love" "Bitch Don't Kill my Vibe", "N95", "Element", "King Kunta" e "Backseat Freestyle".
É menos provável que apareçam outros artistas de surpresa. Se isso ocorrer, Baby Keem, primo de Lamar, Lil Wayne, natural de Nova Orleans, e Dr. Dre, amigo e mentor, são possibilidades.
Também não será um absurdo se, durante o show, o rapper aproveitar a audiência para anunciar uma versão deluxe do seu último álbum, "GNX", ou a extensão da turnê para o resto do mundo.
Esta será a segunda vez de Lamar no palco do SuperBowl. Em 2022, o arista se apresentou ao lado de Dr. Dre, Snoop Dogg, Eminem, 50 Cent e Mary J. Blige. Naquele ano, em seus dois minutos, ele performou "Alright" e "M.a.a.d City", além de ter apresentado um verso inédito de "Forgot about Dre".