
Foi assustadora a passagem do Inter pelo norte do Estado. Antônio Carlos Zago, apegado a um esquema que deu certo no Gre-Nal, improvisou Cuesta na lateral-esquerda. Ainda em fase de adaptação, sem conhecer direito os companheiros e o ambiente em que começou a conviver, o argentino teve de encarar a estreia fora de sua posição.
O Inter do primeiro tempo foi horroroso. Não chutou, não criou e repetiu-se em erros de 2016. Como Paulão sendo o armador do time desde a defesa, já que D'Alessandro estava bem marcado e Uendel não tinha com quem tabelar para criar algo. No lado direito, William ainda parece enredado na confusão que ele e seu staff criaram. Se escalou mal, Zago mexeu bem.
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As entradas de Roberson no lugar de Paulão e Valdívia no de Nico López deixaram o time mais ousado e agudo. A pergunta que fica é: por que não começou com esse modelo de time já que o adversário estava no Z-2?
Pelo segundo tempo, o empate ficou no tamanho adequado e de lambuja garantiu os pênaltis que deram a Recopa Gaúcha. Uma derrota deixaria o time às margens da zona de rebaixamento, um lugar que causa calafrios e aterroriza os colorados depois do desastre de 2016.
A lição que fica de Erechim é de que Zago precisa encontrar soluções. Rapidamente.