O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul deu ganho de causa, em segunda instância, ao Grêmio em uma ação ajuizada pelo clube contra o Banrisul por conta de possíveis bloqueios de valores na conta da Arena. A decisão, tomada pelo Desembargador Umberto Sudbrack, da 12ª Câmara Cível do TJ, encerra a possibilidade de o estádio tricolor ser fechado para jogos por conta de atrasos no repasse da OAS aos bancos credores pelo financiamento da construção. O banco pode recorrer da decisão.
O Grêmio acusava o Banrisul de buscar, na conta da Arena Porto-Alegrense, os recursos que não vinha recebendo da OAS, o que inviabilizaria a operação do estádio. Conforme o presidente Romildo Bolzan, a Arena Porto-Alegrense é responsável por quitar o financiamento de R$ 260 milhões para construção do complexo – faltaria pagar cerca de R$ 160 milhões. O dinheiro foi liberado via BNDES por meio de contratos com o Banco do Brasil, Santander e Banrisul, sendo que o estádio é uma das garantias.
Contatado por Zero Hora, a assessoria de imprensa do Banrisul informou que o banco irá recorrer do resultado e que "cumpre decisões judiciais".
Com a crise da construtora OAS, envolvida na Operação Lava-Jato, as parcelas deixaram de ser depositadas. A bilheteria do estádio deveria bancar as prestações, contudo a OAS costumava complementar os valores que faltavam. O Banrisul garantiu, em maio, não haver inadimplência da Arena Porto-Alegrense com o banco.
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