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A primeira manifestação pública de Daniel Nobre Bins, que foi o VAR do Gre-Nal 444, válido pela sexta rodada do Gauchão, foi de serenidade. Uma semana após o jogo, o árbitro de vídeo do clássico afirmou que teve apoio da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) em suas decisões.
Daniel Bins foi abordado pelos repórteres Carol Freitas e Gordo Léo, da Rádio Atlântida. No Estádio dos Eucaliptos, em Santa Cruz do Sul, na prévia de Avenida x Brasil de Pelotas, ele foi questionado sobre suas intervenções e as repercussões que causaram. O áudio foi reproduzido no programa Bola nas Costas desta segunda-feira.
— (Sei que) Falaram bastante, acompanhamos. Mas ficamos muito tranquilos, porque temos todo o respaldo da nossa comissão e análise foi de que nossas decisões foram acertadas. Ficaríamos intranquilos se tivéssemos errado, estaríamos buscando respostas e aprimoramento — apontou o árbitro.
O Gre-Nal teve alguns lances polêmicos. Dois deles geraram muita reclamação dos colorados. Em ordem cronológica, o primeiro foi a exclusão de Roger Machado. O técnico do Inter teve de sair do reservado porque o auxiliar Roberto Ribas recebeu cartão vermelho por reclamação. A regra do Gauchão diz que o treinador precisa sair da casamata quando algum integrante da comissão técnica é expulso.
A outra reclamação do Inter foi o pênalti que virou gol do Grêmio. Após cobrança de falta, a bola bateu no braço de Wanderson, que estava na barreira. O árbitro de campo, Rafael Klein, foi chamado ao monitor por Daniel Bins para revisar o lance, já que havia sinalizado apenas escanteio. Ao rever a cena, mudou sua decisão para penalidade máxima, convertida por Braithwaite.
O diretor esportivo do Inter, D'Alessandro, concedeu entrevista antes do jogo contra o São Luiz para criticar Bins. Ele informou que o clube pediu os áudios do Gre-Nal para "esclarecer as dúvidas":
— Ouvi que o lance é interpretativo e, sendo assim, por que o VAR precisa entrar? Wanderson diz que ouviu do árbitro que não era pênalti. Tenho dúvidas se o braço ampliou o corpo.