1 – Apesar de ser cinco vezes vice-campeão gaúcho, esta será a primeira vez que o clube chega à decisão sendo chamado de Esporte Clube Novo Hamburgo. Em 1942, pressionada pela Segunda Guerra Mundial, a direção mudou o nome para Floriano. A ideia seria fugir da ligação com a Alemanha, mas manter a associação à cidade, que seria alterada para Floriano Peixoto. O novo nome durou até 1968, quando os conselheiros decidiram devolver Novo Hamburgo.
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2 – Os cinco vices do Novo Hamburgo foram obtidos em 1942, 47, 49, 50 e 52. Em quatro, o campeão foi o Inter (1942, 47, 50 e 52). Só em 1949 o campeão foi o Grêmio. Era época do Rolo Compressor, um dos períodos mais vitoriosos da história colorada.
3 – Em três dos vice-campeonatos, houve final. Veja os resultados.
1942 Inter 10x2 Floriano / Inter 4x1 Floriano
1947 Floriano 2x3 Inter / Inter 1x2 Floriano (na prorrogação, Inter 1x0)
1949 Floriano 2x2 Grêmio / Grêmio 3x1 Floriano
1950 Não houve final. O Inter foi campeão com 5 pontos. O Floriano, vice com 4.
1952 Não houve final. O Inter foi campeão – 10 pontos. O Floriano, vice com 6.
4 – No campeonato de 1947, houve uma história curiosa. Aos 43 minutos do segundo tempo, o árbitro Miguel Sallabery assinalou um pênalti polêmico para o Inter, em Novo Hamburgo. A penalidade não pôde ser batida porque a torcida não permitiu. O chute só foi dado na outra semana e saiu o gol. Na Capital, no entanto, o Novo Hamburgo não se intimidou e venceu no tempo normal. Veio a prorrogação e, numa cobrança de falta de Carlitos, o Inter ficou com o título.
5 – O Gauchão desta época era fragmentado. Os campeões de cada região se reuniam para o supercampeonato no final do ano. Para chegar à fase final, o Novo Hamburgo ganhou a Região Nordeste (que envolvia clubes dos vales do Sinos, do Rio Pardo e do Taquari).
6 – O time-base desta época até hoje é repetido em Novo Hamburgo: Paulinho; Zulfe, Mirão, Heitor e Crespo; Casquinha, Pitia e Soligo; Niquinho, Martins e Raul Klein. O técnico era Carlos Froner, o mestre de Luiz Felipe Scolari. Destes jogadores, o mais destacado foi o ponta-esquerda Raul Klein. Depois do Rio Grande do Sul onde chegou à Seleção Brasileira que disputou o Torneio Pan-Americano de 1956, foi para o Fluminense e depois para a Portuguesa. Por fim, foi um dos pioneiros no futebol europeu, jogando no Rapid de Viena.