
Desde que o nome de Carlo Ancelotti surgiu como opção para assumir o cargo de treinador da Seleção Brasileira, uma grande novela de idas e vindas foi criada. Foram dois momentos de certeza sobre a contratação do italiano e tantos outros em que o atual comandante do Real Madrid negou qualquer chance de treinar o Brasil na próxima Copa do Mundo.
Para ajudar a entender todo esse imbróglio envolvendo Ancelotti e a CBF, Zero Hora relembra os principais momentos da negociação que chegou ao fim na terça-feira (29), quando o italiano desistiu do acordo.
O início do interesse
Com a saída de Tite do cargo da Seleção Brasileira, após a Copa do Mundo de 2022, o nome de Ancelotti surgiu como possibilidade para o comando da amarelinha. No final daquele ano, o italiano falou pela primeira vez sobre o assunto, alegando que não havia sido contatado.
Em fevereiro de 2023, o treinador já indicava que pretendia seguir no Real Madrid, pois queria cumprir o seu contrato. Com a necessidade de alguém para comandar o Brasil, a CBF optou por Ramón Menezes como interino entre março e julho. A ideia da entidade máxima do futebol brasileiro era anunciar o italiano na metade do ano.
A espera por Ancelotti
A cada mês que passava, a CBF aumentava mais o prazo para a chegada de Ancelotti. Em todas as declarações dadas pelo italiano sobre o assunto, em nenhuma havia indícios de que ele realmente assumiria a Seleção.
A CBF esperaria até 2024 pela chegada dele, ao término do seu contrato com o Real Madrid. Sem um treinador efetivo, a entidade montou uma nova comissão interina, a qual foi liderada por Fernando Diniz.
No mesmo dia em que o interino assumiu, o presidente Ednaldo Pereira assegurou que Ancelotti seria o treinador da Seleção no ano seguinte.
A renovação com o Real Madrid
Após essa declaração do presidente parecia só questão de tempo para o italiano ser anunciado. Um reitor de universidade chegou a anunciar Ancelotti como treinador da Seleção Brasileira. Porém, ele seguia tratando o assunto como especulação.
Até que no final de 2023 começou a ser noticiado que o Real Madrid iria renovar com Ancelotti até 2026. O que ocorreu oficialmente no dia 29 de dezembro. O italiano decidiu seguir no clube no qual estava tendo sucesso, com títulos como o da Champions League.
Com a negativa de Ancelotti, a CBF seguiu outro caminho e contratou Dorival Júnior como treinador em janeiro de 2024.
A segunda tentativa
Com um novo comandante, a CBF esqueceu o italiano, que seguiu seu trabalho no Real Madrid. Todavia, os resultados da Seleção Brasileira não apareceram e o ciclo de Dorival Júnior chegou ao fim em março de 2025.
Com o cargo vago, o nome de Ancelotti voltou à pauta. Ainda mais depois da eliminação do clube espanhol da Champions League. Uma crise no Real Madrid aumentou o otimismo da CBF em finalmente ter o italiano.
Com jogos importantes das Eliminatórias pela frente, o Brasil precisa de um treinador até junho. Apesar de Ancelotti ter desconversado outra vez sobre seu futuro, as informações que chegavam era de que ele seria o novo treinador da Seleção.
No entanto, o sonho da entidade novamente chegou ao fim com uma negativa do treinador. O italiano deve ficar no Real Madrid até a disputa do Mundial de Clubes no meio do ano, e depois pode trabalhar na Arábia Saudita, aceitando uma proposta na casa dos 50 milhões de euros por temporada.
O novo comandante
Agora, a CBF deve investir todas as fichas em Jorge Jesus, que está de saída do Al-Hilal, do futebol saudita. O Brasil volta a campo em 5 de junho, contra o Equador, pela 15ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo.