Ao dizer que homossexualidade é "dano mental", o embaixador da Copa no Catar, Khalid Salman, tem sido alvo de críticas. Nesta terça-feira (8), mesmo dia em que veio a público sua declaração feita em entrevista a uma emissora alemã, ativistas LBGT+ realizaram protesto em frente ao museu da Fifa em Zurique, na Suíça.
Sede da Copa do Mundo 2022, o Catar é visto como um país com pouca valorização dos direitos humanos e especialmente inseguro para migrantes, mulheres e a comunidade LGBT+. Na entrevista, Salman disse que os visitantes homossexuais seriam "tolerados" no país, mas que deveriam seguir as regras. Por lá, a homossexualidade é tratada como crime.
Os manifestantes em Zurique pedem que a Fifa se posicione e garanta a segurança da população de gays, lésbicas, travestis, transexuais durante a Copa do Mundo. Segundo a agência de notícias AFP, eles também realizaram uma partida de futebol, durante meia hora, simulando representantes da Fifa e do Catar contra a comunidade LGBT+.
Ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser classificou como "horríveis" as falas de Khalid Salman.
— É também por isso que estamos trabalhando para melhorar as coisas no Catar no futuro — acrescentou ela.
A Fifa já confirmou que bandeiras em defesa da liberdade de gênero e orientação sexual serão permitidas durante a Copa no Catar. Além do mais, capitães de equipes europeias como Inglaterra, França e Alemanha vão usar braçadeiras com as cores do arco-íris e a mensagem "One Love" numa campanha anti-discriminação.