A julgar pelas cenas vistas no Obelisco após a classificação, dá para imaginar a festa que os argentinos farão caso a seleção seja campeã. Uma multidão de torcedores lotou o principal ponto turístico de Buenos Aires e comemorou a chegada do time às oitavas de final da Copa do Mundo após a vitória por 2 a 0 sobre a Polônia.
A celebração teve um misto de alegria e alívio. Depois da primeira rodada e a inesperada derrota para a Arábia Saudita, qualquer outro resultado negativo eliminaria a Argentina do Mundial. A tensão, portanto, estava sempre presente.
Nesta quarta-feira (30), ela durou até as 17h03min. Foi nesse momento que Mac Allister chutou meio de tornozelo, meio de canela e abriu o placar. Era o fim de uma agonia que durava desde o início da manhã de 22 de novembro, na virada dos sauditas.
Até aquele chute, era impossível não pensar que seria a tarde de Szczesny. O goleiro polonês pegou tudo, até um pênalti (meio Mandrake, admitido até pelo torcedor que estava em um bar na Corrientes, próximo ao Obelisco). Messi esteve a ponto de ser vilão.
O que seria uma injustiça, porque jogou muito bem. Como o resto do time. A Argentina sufocou a Polônia todo o tempo. Depois do primeiro, não descansou até Julián Álvarez fazer o segundo. E, aí sim, eclodir a celebração.
As ruas de Buenos Aires, vazias desde as 15h30min, voltaram a se encher. Mas quase ninguém para retomar o trabalho interrompido. Foi para festa mesmo.
O otimismo do início da Copa está de volta. A Argentina está de volta. Messi ainda dança seu último tango.