
Dorival Júnior caiu. Voltamos à janeiro de 2023, sonhando com Carlo Ancelotti. Que dificilmente deixará o Real Madrid pela aventura de colocar nos eixos a Seleção Brasileira com seis jogos até a Copa.
Faça a conta: data Fifa de setembro, quando se encerram as Eliminatórias, outubro e novembro, em 2025, e data Fifa de março de 2026. Depois, meu caro, tudo é Copa. Partindo para o mundo real, a lista de alternativas tem nomes como Jorge Jesus e Filipe Luís.
Não apostaria em outros além desses. Nem mesmo Tite, que seria uma solução razoável para chegarmos com alguma consistência na Copa. Mas, depois de dois ciclos e uma passagem frustrada pelo Flamengo, não apostaria nele.
Embora Tite pudesse, nesta volta, trazer de volta à Seleção métodos de trabalho que a blindaram das peripécias da CBF nesses seis anos em que esteve lá. Tite criou uma espécie de entidade dentro do entidade, com processos próprios e autonomia para decidir.
A CBF trouxe para a Seleção Rodrigo Caetano um dos melhores, se não o melhor, diretor executivo de futebol do Brasil. Que trouxe para trabalhar com ele Cícero Souza, um dos melhores, se não o melhor, gerente de futebol do Brasil.
Só que Ednaldo Rodrigues se esqueceu de dar para Rodrigo a chave da sala da Seleção. O naufrágio em campo está ligado umbilicalmente à centralização de poder de Ednaldo.
Está claro que esse modelo de gestão não funcionou nos últimos dois anos. Tomara que essa crise o tenha feito perceber que a CBF precisa de um presidente, e a Seleção, dos especialistas que lá estão.
Cada um no seu quadrado. Se não houver essa mudança, o técnico pode ser Ancelotti, Guardiola, Jorge Jesus ou qualquer outro que você escolher. Nada vai mudar.