Num primeiro momento, o nome Biomedicina pode confundir quem não está familiarizado com a profissão. Afinal, o biomédico é mais biólogo, médico, as duas coisas ou nenhuma delas? Basicamente, a função desse profissional é trabalhar paralelamente a médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde, auxiliando na definição de diagnósticos e na melhoria da qualidade de vida.
Apesar de ser um dos cursos mais novos na área da saúde no Brasil, tem um amplo campo de trabalho - o Conselho Federal de Biomedicina lista 35 áreas de atuação. A professora e coordenadora do curso da Univali, Edneia Casagranda Bueno, 41 anos, e a coordenadora de duas unidades do Laboratório Santa Luzia em Florianópolis e biomédica Leila Brochi, 56 anos, ajudam a esclarecer os contornos dessa profissão.
Opções de atuação
A atuação mais comum é a de análises clínicas, em que, a partir de exames laboratoriais, busca-se confirmar ou descartar as hipóteses de doenças indicadas pelos médicos. O biomédico pode trabalhar ainda com saúde pública, em bancos de sangue, hospitais em geral, análises toxicológicas com ênfase em perícia criminal, assessoria e consultoria científica ou com pesquisa, como em áreas de células-tronco.
O que é gratificante
Para a médica e especialista em patologia clínica Leila Brochi, o melhor é ajudar as pessoas a terem um diagnóstico correto, facilitando os tratamentos de saúde.
Do que precisa gostar
Antes de tudo, é importante se interessar por fisiologia e anatomia humanas. A coordenadora do curso da Univali, Edneia Bueno, aponta que querer ajudar as pessoas também é uma característica essencial aos biomédicos. No entanto, esse profissional não precisa necessariamente gostar do contato direto com pacientes, dependendo de onde vai atuar no dia a dia.
Disciplinas e tempo de duração
O curso da Univali, em Itajaí (SC), foi lançado em 2010 e é composto por oito semestres, com disciplinas como biologia, anatomia e fisiologia, imunologia e hematologia. No Rio Grande do Sul, duas universidades federais oferecem o curso, também com duração de oito semestres. A UFRGS dispõe de 36 vagas, e UFCSPA, de 40.
Mercado de trabalho
Ainda são poucos os profissionais formados em Santa Catarina. Mas, ao todo, já são nove os cursos ofertados, em sete cidades catarinenses. Para a professora Edneia Bueno, a tendência é de que o mercado tenha mais espaço para o biomédico, pela busca de qualidade de vida e o aumento da idade média da população brasileira.
Onde cursar no RS
Além da UFRGS e da UFCSPA, o curso também é oferecido em outras 11 instituições: Cnec/Iesa, Facebg, Feevale, FSG, IPA, Ulbra, Unicruz, Unifra, UniRitter, Unisinos e Univates.
Fonte: emec.mec.gov.br