A Comissão Especial Temporária criada pela Universidade Federal do Rio Grande (Furg) não conseguiu identificar a autoria de pichações nazistas e racistas encontradas em um banheiro da instituição, em janeiro. A Polícia Federal ainda investiga o caso e identificou um suspeito de publicar manifestações nazistas em uma rede social dias após as pichações, mas ainda não se sabe se há relação entre os dois casos.
As pichações foram localizadas na manhã de 13 de janeiro em um banheiro masculino do pavilhão seis, que abriga aulas do curso de Direito. Foram duas frases de apologia ao nazismo, uma de cunho racista e dois desenhos de suástica.
O relatório final da comissão, apresentado ao reitor Danilo Giroldo, apenas sugere a implementação de medidas para coibir novas manifestações, como a instalação de monitoramento por câmeras e a criação de um protocolo único de comunicação para atendimento de ocorrências. A investigação não encontrou elementos para identificar a autoria.
Os materiais apurados pela comissão foram encaminhados para a Polícia Federal, que tem dois inquéritos em andamento relacionados ao caso. Um que apura a autoria das pichações e outro sobre manifestações nazistas identificadas em uma rede social dias após a descoberta das pichações na Furg.
Conforme o chefe da Polícia Federal em Rio Grande, delegado Ricardo Gonçalves, o autor das manifestações na rede social foi identificado. Ele é morador de Rio Grande. A PF fez buscas na casa do suspeito e agora analisa os materiais apreendidos e dados levantados pela investigação. Conforme o delegado, ainda não é possível afirmar se há alguma ligação entre as pichações e a publicação na rede social. Não há previsão para conclusão dos inquéritos.