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De acordo com o ministro da Educação, Rossieli Soares, o calendário do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será mantido, mesmo que o primeiro dia da prova, 4 de novembro, coincida com início do horário de verão. Uma campanha vai ser veiculada nos meios de comunicação para servir de alerta aos participantes da mudança nos relógios à meia-noite de sábado.
Inicialmente, o governo chegou a anunciar que atenderia o pedido do Ministério da Educação (MEC) para adiar o início do horário de verão por causa do Enem. Porém, nesta segunda-feira (15), foi divulgado que a alteração não será feita e o horário de verão vai mesmo começar no dia 4 de novembro.
Uma nota técnica interna elaborada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apontou riscos severos para a aplicação do Enem, conforme revelou o jornal O Globo. De acordo com o documento, há uma grande probabilidade de que alunos percam o primeiro dia de prova, por conta da mudança nos relógios. Consequência disso seria a nota zero na redação. Com tal pontuação, os alunos não poderiam concorrer a vagas no Ensino Superior pelo Fies e pelo Prouni.
Ainda de acordo com a nota técnica, a alteração de horário pode gerar confusão em relação à logística no dia da prova, que começa com expedição de testes, fechamento de portões, e início e fim do tempo para fazer o exame. Estes riscos, segundo o estudo interno, podem inclusive quebrar a isonomia entre os participantes.
Visando reverter os riscos, o MEC e o Inep irão apostar na campanha em televisão e rádio para alertar os candidatos e também reforçar internamente as equipes para evitar problemas de logística. O horário de Brasília continuará servindo de referência para todo o país no dia da aplicação do exame. Dessa forma, os participantes do Norte do Brasil, que ficará com a mudança de três horas a menos em relação ao horário de Brasília, deverão comparecer aos locais das provas às 9h do horário local.
Confusão na definição de datas
Em dezembro de 2017, o governo publicou um decreto que definiu o início do horário de verão para o primeiro domingo de novembro, porém, a decisão foi ignorada pelo Inep. Antes da publicação do decreto, o Tribunal Superior Eleitoral havia solicitado que o horário especial não coincidisse com o segundo turno das eleições, marcado para o dia 28 de outubro. A data de aplicação do exame foi definida pelo Inep somente em abril de 2018, mas não levou em consideração a medida tomada pelo presidente no ano anterior.