Com a adesão de pelo menos mil escolas estaduais à greve do Cpers-Sindicato, o ano letivo deve se estender até o final de dezembro. A previsão é do secretário estadual de Educação, Ronald Krummenauer, que conversou com a reportagem da Rádio Gaúcha nesta sexta-feira (15). De acordo com ele, as aulas podem seguir ainda durante o mês de janeiro de 2018, caso a paralisação dos professores continue por mais tempo. Os educadores aprovaram a mobilização no último dia 5 de setembro.
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Na quinta-feira (14), representantes do governo e lideranças do sindicato se reuniram para buscar uma solução, mas o encontro se encerrou sem um acordo. Em nota, o Cpers afirma que a greve vai continuar até que o Palácio Piratini deposite integralmente os salários dos servidores estaduais.
— Mas esta reivindicação não depende da Secretaria estadual de Educação (Seduc) — pondera Krummenauer, ressaltando que o descontentamento dos servidores não é com a Educação.
De acordo com o secretário, reuniões internas entre Seduc, Secretaria da Fazenda e Casa Civil serão realizadas nesta sexta e na próxima segunda-feira (18). Os encontros buscam construir uma proposta para apresentar na próxima agenda com o comando de greve do Cpers, que deve ocorrer na próxima semana.
— Estamos trabalhando para encontrar uma solução em breve. Ainda dá para salvar o ano letivo de 2017 sem ter grandes problemas, apenas com a extensão do calendário — afirma.
Em levantamento da Seduc, quase 40% dos 2.528 colégios estão paralisados de forma total ou parcial. E o número pode crescer, já que algumas escolas não repassaram as informações para as Coordenadorias Regionais de Educação (CREs).
Já a categoria garante que a participação é ainda maior. De acordo com o comando de greve, pelo menos 20 dos 42 núcleos do Cpers no Estado aderiram à greve com paralisação de 70% das escolas.