Os ministérios da Saúde e Educação confirmaram os municípios gaúchos de São Leopoldo, Erechim, Ijuí e Novo Hamburgo entre os próximos 39 que poderão abrir cursos de medicina. Os locais já haviam sido pré-selecionados em 2013, após verificação técnica da estrutura das cidades para receber o curso.
As universidades interessadas em abrir a graduação deverão se inscrever em um edital que será lançado este mês. Em Erechim, a Universidade Regional Integrada (URI) deve concorrer à licitação, mas a prefeitura cogita a participação de outras instituições. A Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí) também vai se candidatar a abertura do curso no município de Ijuí. No Vale do Sinos, a Feevale participará do processo licitatório por Novo Hamburgo, e a Unisinos, por São Leopoldo, que tem projeto para o primeiro vestibular já em 2016.
A expectativa do ministro da Educação, Henrique Paim, é de que até o fim do ano as faculdades sejam selecionadas. As instituições terão prazo para apresentar os projetos a partir da abertura do processo. “Essa instituição vai ter que demonstrar que tem um bom desempenho na área de saúde e mesmo um curso de medicina”.
Além de ter no currículo outros cursos na área da saúde, como enfermagem, para dar suporte e qualificar a rede de atenção básica, as universidades terão de cumprir outros critérios, previstos na lei do Mais Médicos. Os principais são construir ou reformar postos de saúde da rede SUS; comprar equipamentos necessários para os postos; pagar bolsas de residência médica aos graduados em programas de medicina de família e outras duas especialidades, entre clínica médica, pediatria, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia; qualificá-los para trabalhar na rede de atenção básica.
O programa Mais Médicos prevê a criação de cerca de 11 mil vagas de graduação em medicina e mais de 12 mil de residência até 2017. O ministro acredita que devido à complexidade do processo de abertura do curso, este seja também o prazo para finalização do processo nas 39 cidades