O Brasil gerou 106.625 novos postos de trabalho formais em novembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta sexta-feira (27). O resultado representa queda de 19,3% no comparativo com o mês anterior, quando o saldo positivo foi de 132.138. O Rio Grande do Sul foi a terceira com maior crescimento absoluto entre as unidades da federação, contabilizando 11.865 vagas.
O levantamento contabilizou 1.978.371 admissões e 1.871.746 desligamentos. O acumulado de janeiro a novembro é de 2.224.102 empregos. Na somatória dos últimos 12 meses — dezembro de 2023 a novembro de 2024 — o saldo é de 1.772.862, 22,2% maior do que o resultado observado entre dezembro de 2022 a novembro de 2023 (1.450.778).
O setor do comércio, com 94.572 postos criados, e de serviços, com 67.717, tiveram os melhores resultados em novembro, quando analisados os grupamentos econômicos. Destacam-se o comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, com 21.889 postos de trabalho, o comércio varejista de mercadorias em geral (com predominância de produtos alimentícios), com 15.080 vagas, e o comércio varejista de calçados, com 10.579 novos postos.
Em serviços, os pontos positivos foram verificados em informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com 40.118 vagas de emprego. A área de seleção, agenciamento e locação de mão-de-obra teve 20.375 postos criados e a de serviços de escritório, de apoio administrativo e outros serviços prestados às empresas, 12.238 empregos formais gerados.
Já a indústria (-6.678), a agropecuária (-18.887) e a construção civil (-30.091) registraram saldos negativos, "todos associados à sazonalidade das atividades", conforme o levantamento.
Dados desde janeiro
No acumulado do ano, verificou-se crescimento do emprego formal de 1.184.652 empregos nos serviços (5,36%). O maior aumento de empregos ocorreu nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (507.680) e administração pública, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais (352.873).
A indústria apresentou saldo positivo de 422.680 postos de trabalho, com destaque para fabricação de produtos alimentícios (85.969), fabricação de veículos automotores (35.217) e produtos de borracha e de material plástico (32.404).
O comércio registrou um saldo positivo de 358.786 postos formais de trabalho. A construção gerou 200.613 postos formais de trabalho e a agropecuária, 57.436, com destaques no cultivo de cana-de-açúcar (6.011) e cultivo de soja (4.330).
Unidades da federação
O saldo foi positivo em 21 das 27 unidades da federação. Em números absolutos, o maior crescimento ocorreu em São Paulo (38.562), com destaque para os setores de serviços (34.024) e comércio (24.593). O Rio de Janeiro (13.810) teve destaque para os 12.254 postos criados no setor do comércio e o Rio Grande do Sul (11.865) gerou 5.704 vagas no comércio e 4.652 novos postos no setor de serviços. As unidades com maior variação relativa no mês foram Roraima (1,03%), Amazonas (0,98%) e Paraíba (0,53%).
No acumulado do ano, São Paulo ampliou o número de empregados formais em 647.660, Minas Gerais, em 207.494 e Paraná, 167.396.
Salários
O salário médio real de admissão em novembro foi de R$ 2.152,89, o que representa ganho real de R$ 27,34. Já para os trabalhadores considerados típicos, o salário real de admissão em novembro foi de R$ 2.194,87 (2% mais elevado do que o valor médio), enquanto para os trabalhadores não típicos, foi de R$ 1.865,19 (15,2% menor do que o valor médio).