
A crise econômica, a falta de confiança do empresariado e o baixo poder de compra dos consumidores devem fazer com que o feriado do Dia dos Pais a ser comemorado no próximo domingo (13) seja de vendas tímidas. A expectativa é da direção da própria Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL) de Santa Maria. O termômetro da desmotivação pode ser verificado neste último domingo (6), quando o comércio não abriu as portas.
A decisão de não abrir no domingo que antecede à data foi acordada pelos empresários, já que o entendimento é que o público não está disposto a fazer compras e, principalmente, a contrair novas contas.
A presidente da CDL, Marli Rigo, explica que por todo esse contexto de crise, as vendas não estão condicionadas a um aumento de horário. Mas, sim, à falta de dinheiro do consumidor.
O economista e professor da Unifra, Mateus Frozza, cita os fatores que contribuem para esse cenário de retração no comércio para a data do Dia dos Pais: parcelamento dos salários dos servidores do Executivo; insegurança dos consumidores em contrair dívidas e comerciantes desmotivados frente ao cenário político e econômico do Estado e do país.
Frozza também comentou que o momento é de o empresariado focar todos os esforços para as datas do fim de ano e que, no entendimento dele, devem dar um acréscimo e um fôlego às vendas do comércio local.
O agravante por aqui, conforme o economista Mateus Frozza, é o parcelamento dos salários do Executivo estadual. Mas, ao mesmo tempo, a renda dos servidores federais tem ajudado a compensar esse cenário de parcelamento dos salários.