A projeção de analistas e investidores de mercado para a queda da economia em 2016 piorou mais uma vez e passou de 3,45% para 3,50%, segundo o relatório Focus. Os dados integram a publicação divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC), com base em avaliações de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2017, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, foi mantida em 0,50%.
O documento também traz a avaliação do mercado sobre a inflação. Analistas e investidores do mercado financeiro voltaram a elevar a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 7,59% em 2016, ante os 7,57% previstos anteriormente.
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Para 2017, a expectativa segue em 6%. Os cálculos sobre a inflação estão distantes do centro da meta de 4,5% e, neste ano, superam o teto de 6,5%. O limite superior da meta em 2017 é de 6%.
Mesmo com a expectativa de alta da inflação, a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, permanece em 14,25% ao ano em 2016 e é de redução para 12,50% ao ano em 2017.
Conforme o levantamento, os preços administrados, regulados pelo governo, como a gasolina e o gás de cozinha, tiveram suas estimativas reduzidas de 7,50% para 7,40. Já a taxa de câmbio esperada em dezembro chega a US$ 4,30.
Setor Externo
As perspectivas para o déficit em conta corrente, um dos principais indicadores das transações do Brasil com outros países, melhoraram e passaram de US$ 29,95 bilhões para US$ 29,26 bi, mesmo com investidores e analistas do mercado financeiro estimando um saldo da balança comercial menor, reduzido de US$ 40 bilhões para US$ 39,85 bilhões. Não houve alteração na projeção para os investimentos estrangeiros diretos, mantidos em US$ 55 bilhões.