Em um café da manhã com potenciais investidores, em Houston (EUA), a Agência Nacional do Petróleo lançou há pouco a 13ª rodada de licitações de concessões para exploração e produção de petróleo, no mar e em terra. Um dos destaques apresentados pela diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, em tamanho de área e número de blocos, é a Bacia de Pelotas, no extremo sul do Rio Grande do Sul.
Áreas próximas a esse local já haviam sido oferecidas em rodadas anteriores, mas a Petrobras, que ficou com os direitos de exploração, nunca desenvolveu trabalhos no local porque deu prioridade à região do pré-sal.
Conforme Marcus Coester, coordenador do Comitê de Competitividade em Petróleo, Gás, Naval e Offshore da Fiergs, que está na mais importante feira de petróleo offshore (exploração em alto-mar), há muita cautela entre os investidores, por conta do preço ainda baixo do barril, mas também se percebe grande interesse em relação ao Brasil.
A 13ª Rodada de Licitações de Blocos para Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural deverá ser realizada em outubro de 2015, em dada ainda a ser confirmada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), formado por ministros do governo federal. Além de Pelotas, a licitação oferece oportunidade de explorar áreas em outras nove bacias sedimentares: Amazonas, Parnaíba, Potiguar (terra), Recôncavo, Sergipe-Alagoas (mar), Jacuípe, Camamu Almada, Campos e Espírito Santo (mar).
Nenhuma dessas áreas está localizada na região do pré-sal, que está submetida a regras diferentes, com exclusividade de operação da Petrobras. Nesse tipo de disputa, podem participar empresas de todo o mundo, inclusive com o comando das atividades, e o petróleo eventualmente descoberto passa a ser propriedade da empresa ou consórcio que tiver a licença para exploração.