
Abril chegou ao final, mas deixará marcas na temporada de 2025 do Grêmio. Entre os 20 clubes da Série A, o Tricolor é o clube que mais sofreu gols no mês passado. São 16 vezes que Tiago Volpi acabou vazado, com um média de 1,8 gols sofridos por jogo. Não fosse a goleada de 6 a 0 sofrida pelo Juventude diante do Flamengo, a equipe de Mano Menezes também teria o pior rendimento na média de gols sofridos.
A dificuldade em proteger a defesa não é novidade no Grêmio. Mas depois de um Gauchão que terminou com o título do Inter e atuações ruins na Copa do Brasil e Copa Sul-Americana, o futebol apresentado na largada do Brasileirão sacramentou a decisão da direção de realizar mudanças importantes no clube. A troca foi feita.
Saiu Gustavo Quinteros, e seu estilo de marcação. James Freitas deixou boa impressão no Gre-Nal, mesmo que o time ainda tenha apresentado dificuldades defensivas no clássico. A esperança de sanar o problema era a chegada de Mano.
As alterações promovidas pela nova comissão são evidentes, mesmo com o pouco tempo de trabalho. O bloco de marcação recuou diversos metros no campo, em comparação como era com Quinteros. Mas a mudança mais profunda é na organização de como os zagueiros e demais defensores se comportam em relação ao posicionamento do adversário. Erros, que explicados pelo novo técnico em sua entrevista coletiva, custaram dois gols ao CSA na última quarta-feira.
— Há mais tempo, o Grêmio jogava com perseguições. Isso fica muito no imaginário do jogador. Está acostumado a fazer dessa maneira. Quando você começa a trabalhar com posicionamento zonal, precisa toda equipe fazer esse posicionamento junto para as coisas funcionarem bem. Você está mal posicionado, já sai atrasado, dá muita vantagem ao adversário. Aí dificulta mais — disse o técnico.
Sem tempo hábil
Mas apesar da expectativa de melhorar, a troca de comando técnico não produziu ainda o efeito esperado. Em 11 dias de trabalho completados na quinta-feira (1º), Mano fez três jogos. Sem tempo para organizar nos treinamentos mudanças tão profundas.
O Grêmio sofreu 19 finalizações contra o Godoy Cruz, na estreia do novo treinador. No jogo seguinte, o Vitória chutou 14 vezes contra o gol gremista. E fechando a sequência atual, o CSA conseguiu 12 arremates contra o gol de Volpi.
Uma média de 15 finalizações sofridas por partida com a atual estratégia. No Gre-Nal, sob o comando de James, o Inter conseguiu finalizar 14 vezes.
Na média dos jogos sob o comando de Quinteros em abril, o Grêmio levou 9,6 finalizações por partida. Para corrigir essa situação, Mano terá dois treinos antes do jogo deste domingo contra o Santos.
Além da atividade desta sexta-feira (2) no CT Luiz Carvalho, o técnico também um treino para realizar ajustes no sábado. Uma mudança possível é o retorno de Wagner Leonardo ao time titular, com Jemerson ao seu lado, e Kannemann no banco de reservas como opção.
Os números defensivos do Grêmio em abril:
- 9 jogos
- 16 gols sofridos
- 1,8 gol sofrido por jogo, em média
CSA
12 finalizações
Vitória
14 finalizações
Godoy Cruz
19 finalizações
Inter
14 finalizações
Mirassol
11 finalizações
Flamengo
10 finalizações
Atlético Grau
7 finalizações
Ceará
12 finalizações
Sportivo Luqueño
8 finalizações
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