Mais um pedido bilionário de recuperação judicial acentua a preocupação em torno do futuro das empresas envolvidas na Operação Lava-Jato. O passivo envolvido no pedido do Grupo Schahin envolve 28 empresas e R$ 6,5 bilhões.
Na comunicação do pedido de proteção contra os credores, a Schahin também informou que pretende concentrar seus negócios na área de petróleo e gás e "abandonar suas atividades no campo da engenharia e construção". Na explicação da empresa para a decisão, está o "fechamento dos mercados de crédito nacional e internacional."
Com o pedido da Schahin - a área de óleo e gás ficou fora do pedido, que era esperado -, as pendências das seis empresas investigadas pela operação que pediram proteção contra credores passam de R$ 21 bilhões.
Depois da primeira, a Jaraguá, com débitos de R$ 700 milhões, vieram os pedidos de Inepar (dona da Iesa, com R$ 3,5 bilhões), Alumini Engenharia (R$ 1 bilhão), Galvão Engenharia (R$ 1,6 bilhão) e OAS (R$ 8 bilhões). Não é à toa que especialistas sem qualquer identificação com o governo ou com o segmento estão pedindo cuidado extra na investigação. Em período de dificuldades na economia, é mais uma perda de valor na produção.