
A ampliação da pista do Aeroporto Salgado Filho deve ser confirmada no próximo dia 24, na reunião do Conselho de Administração da Infraero. A data e o provável aval para o empreendimento foram anunciados nesta terça-feira, em Brasília, após reunião entre o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, e o presidente da Infraero, Gustavo do Vale.
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Fortunati apresentou números e, reforçou o pedido de prioridade na aprovação e deixou o encontro confiante, sentimento reforçado pela fala de Vale, que colocou a ampliação da pista em 920 metros entre as prioridades da empresa.
O Aeroporto Salgado Filho é o aeroporto da Infraero. A Infraero considera essa ampliação absolutamente necessária - disse Vale.
O próprio presidente da Infraero é um dos integrantes do conselho de administração, composto por seis membros, que inclui representantes da Secretaria de Aviação Civil da Presidência (SAC) e do Ministério do Planejamento.
- Encontramos aqui um aliado. Tenho certeza que o conselho de administração vai aprovar essa obra - disse Fortunati.
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Se a ampliação for aprovada, será possível lançar a licitação por meio do regime diferenciado de contratações (RDC). A concorrência pública deve se estender por seis meses e o vencedor terá quatro anos para realizar a ampliação. Em uma hipótese otimista, o Salgado Filho estará apto a receber voos de passageiros e cargas de maior porte no final de 2019.
Vale evitou falar em orçamento, mas o empreendimento tem valor estimado superior a R$ 1 bilhão. Contudo, os recursos previstos são do PAC 3, que ainda não foi lançado pela presidente Dilma Rousseff.
Discutida há quase duas décadas, a ampliação da pista chegou a ser ameaçada pelo ministro-chefe da SAC, Eliseu Padilha, que pretendia sustar o projeto para priorizar a construção de um aeroporto de maior porte em Portão. Padilha reviu a posição e também passou a trabalhar a favor da ampliação por motivos de segurança, após um pouso forçado de um avião da Azul na Base Aérea de Canoas.
Com a provável aprovação, a Infraero já discute a melhor forma de iniciar a construção. Como existe a necessidade de retirar 1.777 famílias, a empresa e a prefeitura estudam começar o trabalho pela área em que não há moradores.
*Zero Hora