Reivindicada há quase duas décadas como uma obra que amenizaria gargalos da infraestrutura gaúcha, a ampliação de 920 metros na pista do aeroporto Salgado Filho deve permanecer no papel pelos próximos 15 anos. Em visita a Porto Alegre, o ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha, afirmou que o governo federal não vê necessidade de investir no prolongamento da pista por falta de demanda.
Outras obras previstas para o aeroporto - a duplicação do terminal de passageiros, um novo terminal de cargas e a ampliação do sistema de pátios - serão concluídas. Padilha se reuniu nesta saxta-feira portas fechadas com o prefeito José Fortunati no gabinete do chefe do Executivo. Fortunati disse que, assim que estas obras forem concluídas, pretende retomar o debate sobre a ampliação da pista no aeroporto.
- Não vamos esperar 2030, quando está previsto o esgotamento da pista, para voltarmos a este assunto. Assim que se comprovar tecnicamente necessário, continuaremos a luta para que a pista seja ampliada - afirmou o prefeito.
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Conforme Padilha, a demanda atual no aeroporto corresponde a 54% da sua capacidade.
- O Salgado Filho opera com cargas há cinco anos, e 35 mil toneladas foram transportadas por via aérea (no último ano). Nós ainda não temos cargas para sair daqui com um avião (cargueiro) lotado. Portanto, para que pista mais longa mesmo? - afirmou o ministro, após deixar a reunião.
Padilha garantiu que as outras três obras deverão ser concluídas até 2017, ao custo de R$ 628, 5 milhões
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- Com as obras garantidas, o aeroporto Salgado Filho poderá operar com qualidade pelo menos até 2030. Se houver necessidade, ampliaremos a pista, mas hoje não há - insistiu.
Também estão previstas, neste primeiro momento, as obras de ampliação de um novo edifício garagem e do hotel, com pelo menos 200 apartamentos, que funcionará dentro da área do aeroporto. A licitação do hotel já foi realizada e a empresa vencedora deve concluir a obra e iniciar o funcionamento em 2016.
Sem aumento
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Fernanda da Costa
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