Remédios e alimentos foram os itens que mais contribuíram para a desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) em junho, que registrou alta de 0,38% ante 0,46% de maio, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os preços dos remédios subiram 0,65% em junho, após terem aumentado 2,94% em maio, "refletindo reajuste vigente desde 4 de abril", segundo texto do IBGE. No ano, o item acumula alta de 4,85%. Nos alimentos, o aumento nos preços em junho ficou em 0,27% ante 0,47% em maio. No ano, a variação acumulada é de 6,49%.
No grupo Alimentação e Bebidas, registraram deflação itens como açaí (-12,43%), cebola (-6,01%), tomate (-5,02%), óleo de soja (-3,69%), frango inteiro (-3,45%), farinha de mandioca (-3,41%), hortaliças (-3,35%) e pescados (-2,70%).
Os itens que registraram impacto para baixo no IPCA-15 foram a gasolina (-0,93% em junho contra -0,36% em maio) e o etanol (-4,40% contra aumento de 0,38% em maio), com -0,04 ponto porcentual cada um no índice cheio.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de maio a 13 de junho e comparados com aqueles vigentes de 13 de abril a 14 de maio. O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos. A metodologia de cálculo é a mesma utilizada para o IPC, o que varia é o período de coleta. Por isso, o IPCA-15é considerado uma espécie de prévia do IPCA mensal, que é o índice considerado pelo governo federal para calcular suas metas de inflação. Em razão dessa finalidade, o IPCA também é chamado índice de inflação oficial.