Faz alguns anos. Eu estava em Paris e jantava com um dos meus melhores amigos, um jornalista que mora na cidade. A saudade era muita, então, ao final do jantar, resolvemos esticar mais um pouco. Entramos em um bar para pedir a saideira e arrematar a conversa que não findava. Era um lugar simples, com pessoas jovens, várias mesinhas de madeira espalhadas pelo ambiente. Estávamos sentados de frente um para o outro, cada um com seu cálice de vinho, quando, subitamente, minha cadeira veio abaixo. Me estatelei no chão.
Ego abatido
Opinião
Estamos diante de uma plateia implacável
Antes, vivíamos em relativa segurança entre a família, os amigos e os colegas. Hoje, milhares de estranhos pescados pelas redes sociais passaram a ditar como devemos ser e viver, e a nos ofender com uma naturalidade assombrosa a cada discordância, nos quebrando por dentro
Martha Medeiros
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