Em alguma fase da vida, você acendeu um cigarro, só para experimentar. E odiou. Sentiu a garganta queimar, tossiu, detestou o cheiro e não viu graça nenhuma naquilo. Ótimo, um fumante a menos. Já quem, contrariando o bom senso, consome uma carteira por dia, viveu também a sua primeira tragada. E odiou. Sentiu a garganta queimar, tossiu, detestou o cheiro e não viu graça nenhuma naquilo, mas queria muito parecer adulto e, de quebra, ocupar as mãos. Deu uma segunda tragada naquele treco fedorento. E uma terceira. E está aí, até hoje, devoto, sem conseguir largar o maldito.
Bendita insistência
Opinião
Para gostar, seja do que for, é preciso respeitar a maturação do prazer
Excelência é algo que se revela devagar, e não de imediato, o que explica a frustração da atual geração de apressados
Martha Medeiros
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