Há 16 anos, publiquei uma crônica em que citava coisas que tinham demônio, em detrimento de outras. Tipo: cinema tem mais demônio que televisão, poesia tem mais demônio que autoajuda, Janis Joplin e Billie Holliday têm mais demônio que Celine Dion e Whitney Houston, a ironia tem mais demônio que o pastelão, Manhattan tem mais demônio que Berna, a paixão e o sexo têm mais demônio que o amor. Não foi preciso explicar a subjetividade do conceito que eu estava aplicando: confiei na inteligência dos meus leitores e todo mundo entendeu, curtiu e até me enviou outros bons exemplos.
BRASIL
Demônio
Em vez de um país alegremente atrevido, estamos nos transformando num país castrado
Martha Medeiros
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