Um dos assuntos mais comentados nesta segunda-feira (31) foi uma foto publicada pela cantora Adele no domingo, em homenagem ao Carnaval de Londres. O que era para ser uma imagem festiva, e com saudade em meio à pandemia, acabou dividindo opiniões. Houve quem acusasse a cantora de apropriação cultural, sobretudo por usar o penteado conhecido como bantu knots.
"Os coques Bantu NÃO devem ser usados por pessoas brancas em qualquer contexto, ponto final", diz um comentário no post de Adele.
A repercussão acabou gerando curiosidade sobre a origem do penteado e também como fazer.
Bantu knots, ou o popular coquinhos, são pequenos coques feitos na extensão do cabelo usado em todo continente africano. Esse nome é dado pois os bantu constituem um grupo etnolingüistico localizado principalmente na África subsariana, que engloba cerca de 400 subgrupos étnicos diferentes.
O penteado bantu knots é chamado de protetor, que nada mais é do que um penteado que impede que o cabelo seja usado solto, normalmente com algum produto agindo nos fios. Assim, diminui a quebra capilar e impede que o cabelo sofra com fatores como poluição e baixas condições climáticas, além do atrito com roupas.
Além dos benefícios, é um penteado estiloso e que exala africanidade.
Os coquinhos também são ótimos na hora de texturizar o cabelo. Com a soltura dos coques, o cabelo fica com cachos um pouco mais largos e bastante volume. Texturizações são trunfos quando queremos mudar o cabelo sem ser algo permanente.
Também pode ser usado na transição capilar e, assim, ajudar a disfarçar as texturas diferentes.
Como fazer?
Ele consiste em separar o cabelo em várias partes, fazer um coque em cada mecha e prender com um elástico. Veja o tutorial da criadora de conteúdo e afrohairstylist Jacy July:
Duda Buchmann é blogueira que gosta de falar do mundo feminino, principalmente da mulher negra, e de inspirações que elevem a autoestima delas. Escreve semanalmente em revistadonna.com.