O Chalé 92 e seus ambientes deliciosos

Quando eu vi o Instagram do Chalé 92, então recém-inaugurado no bairro das Graças, pensei algo no nível de “aleluia”. É que poucos bares e restaurantes do Recife têm um espaço que me pareça original, sabe? Então quando vi as fotos de todos aqueles ambientes diferentes por lá, tratei de chamar o boy e uma amiga pra ir conhecer o lugar, que abre todo dia na hora do almoço e à noite de quarta a sábado.
Instalado num casarão superlindo do século 19, o Chalé 92 encanta já pela fachada, que você vê aí em cima. E foi só entrar pra me sentir num parque de diversões cheio de brinquedos legais sem saber em qual deles ir primeiro, tantas são as salas diferentes e cheias de detalhes. Algumas um pouco mais simples, como essa abaixo.
Outras meio kitsch, como essa daqui, que fica logo na entrada e foi uma das minhas preferidas (culpa das cadeiras e dos tapetinhos).
E uma retrô/intimista/relax, como essa aqui, que é cheia de bibelôs e elementos afrancesados e coberta com um tapete delicia. Confesso que me segurei pra não ficar descalça, mas deixa quieto. 
Tem espaço até pra quem vai com crianças, no primeiro andar, com direito a muito emborrachado, brinquedos e pufes.
Mas a melhor parte, pra mim, é a de trás, onde você encontra um espaço ao ar livre com um mobiliário coletivo incrível, iluminação gostosa e parede cheia de plantas.
E também uma área que na foto parece até ser ao ar livre, mas é coberta por um teto de vidro e toda climatizada, além de linda. O que são essas plantinhas e esses azulejos, pelamor? Foi nessa parte que resolvemos ficar, por motivos de “estava calor e foi difícil dispensar o ar condicionado”, mas principalmente porque tava rolando jazz ao vivo, como acontece toda semana, e a vibe tava bem maravilhosa. 
Pra acompanhar a música, fomos analisar o que pedir no cardápio, que não é dos maiores. Além do self-service, que funciona no horário do almoço, a casa tem umas 15 opções de pratos executivos (por uns R$ 45 cada) e mais umas 15 de petiscos.
Seguindo minha mania de pedir os pratos que levam o nome do lugar, começamos pelo Filé 92: iscas de filé ao molho blue cheese acompanhadas de torradas. Carne hipermegablaster macia, torradas fininhas e molho suave, ou seja: delícia. Pena que a porção era pequenina, porque comeria fácil dois desse sozinha (gordinha feelings).
Depois, fomos de camarão gratinado com molho de queijo, que também tava bem saboroso – e eu também comeria em quantidades absurdas, é claro. Aliás, essas torradinhas vieram muito a calhar pra raspar qualquer restinho de molho e quase rolou briga por elas.
Não satisfeita, resolvi partir pra os petiscos individuais pra tapar esse buraco sem fundo que chamo de estômago. Primeiro apostei no caldinho de camarão, que vem nesse copinho que eu adoro e tava gostoso, ainda que meio ralo.
Depois, dividi um clássico pão de alho, que tem um tamanho razoável e vem beeeem recheado. Infelizmente, o miolo chegou à mesa bem frio, mas pelo menos o garçom foi simpático quando pedimos pra esquentar.
Na seara alcóolica, infelizmente fico devendo uma avaliação mais completa, já que fui amiga da vez novamente e não pude provar os drinques, nem as cervejas. Vi que as opções do líquido sagrado eram bem atraentes, incluindo rótulos como Delirium, Estrella Galicia, Colorado Demoiselle, Brewdog Hardcore IPA e Paulaner Hefe Weiss Dunkel, além de long necks mais pobrinhas de Budweiser e Heineken. Pra compensar, pedi uma caipifruta de morango sem álcool, mas continuei invejando os drinques alheios.
Moral da história: achei o lugar muito lindo, bem diferente da maioria dos bares e restaurantes recifenses, e dá pra ver que cada detalhe foi pensado com cuidado. O atendimento foi muito bom e gamei na carne e no camarão. Também adorei que eles usam comandas individuais, então é uma boa opção pra quem quer marcar uma saída com muita gente e não quer estresse pra dividir a conta. Pena que toda essa estrutura custa caro, né? Nossa conta saiu R$ 55 por pessoa, com uma bebida pra cada e comilança moderada. Não vai ser meu lugar escolhido pra aqueles happy hours que varam a noite, mas vale muito pela experiência!