
Duas mulheres, versões diferentes da mesma história, telespectadores divididos e ansiosos pela revelação. Assim foi a estreia de A Favorita, em 2008.
O autor João Emanuel Carneiro construiu a trama de forma que tanto Flora (Patrícia Pillar) quanto Donatela (Claudia Raia) pudessem ser a vilã. Mas como seria se já soubéssemos a verdade desde o início?

Foi esta a experiência que tive dias atrás, assim que a novela entrou para o catálogo do Globoplay. Agora, sabendo que Flora era uma mulher fria e dissimulada, a forma de acompanhar é diferente. É possível perceber que Patrícia Pillar desenhou cada movimento de sua personagem para que o público sentisse pena. A fala mansa, a postura curvada, o andar cansado, tudo foi calculado para "enganar" o público.
Imperdível

Por outro lado, Donatela tinha todas as características de uma mulher manipuladora. Falava aos gritos, tinha um capanga que cumpria as suas ordens, usufruía do luxo da família Fontini e queria ver Flora bem longe. Sim, na época, acreditei que seria Donatela a grande vilã. Vale a pena recordar o primeiro capítulo, aberto para não-assinantes no Globoplay, e analisar cada passo das rivais. Sabendo ou não a verdade, é uma trama imperdível.