Nove meses depois de se despedir do Jornal Nacional, Patrícia Poeta volta à TV. Com 17 anos de carreira, a gaúcha vira a página do jornalismo para começar a escrever uma nova história no entretenimento. Ela dividirá o comando do programa É de Casa, que estreia no dia 8 de agosto (sábado), às 9h, na RBS TV, com Ana Furtado, André Marques, Cissa Guimarães, Tiago Leifert e Zeca Camargo.
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A proposta é mostrar a vida dentro de casa, com informações e serviços que interessem à família. Cada apresentador abordará um tema com o qual tenha afinidade. Patrícia falará sobre relacionamentos e cinema.
A jornalista recebeu o TVShow no Projac, na quarta-feira passada, conversou sobre essa nova etapa na carreira e contou mais sobre o É de Casa.
* A jornalista viajou a convite da TV Globo
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Como vai ser o É de Casa?
O programa é o sábado de manhã na casa das famílias brasileiras. Vamos dar serviços, comentar o que bombou naquela semana. E o leque é gigantesco, vai do showbiz à conta de luz que subiu. Vamos ter, por exemplo, um momento cozinha, que não é ensinar receitas, mas usar esse espaço para bater um papo. Tudo isso com dinamismo.
Qual será o seu enfoque no programa?
Vou trabalhar com cinema, um assunto que adoro e tem a ver com o final de semana, e relacionamentos humanos e convivência em família. Quero dar um serviço, mas também divertir. A intenção é criar jeitos diferentes de levar essas informações às pessoas que querem aprender a se relacionar melhor com marido, filhos, amigos.
Quando bateu a vontade de migrar para o entretenimento?
Essa vontade já existia há um bom tempo. Quando trabalhei como correspondente em Nova York (de 2002 a 2007) e fiz entrevistas e reportagens sobre cinema e música, resolvi estudar mais sobre isso. Fiz pós-graduação em cinema porque queria ampliar o repertório, conhecer novas linguagens. Então, a vontade existia desde lá. Depois voltei ao Brasil, fui para o Fantástico e a seguir surgiu a oportunidade do Jornal Nacional, onde fiquei por três anos. Em determinado momento, essa vontade de ir para a área de variedades cresceu e havia duas saídas: ou seguia onde estava, o maior posto do telejornalismo brasileiro, ou ia em busca de algo que sempre quis. Então, depois de 17 anos de telejornalismo diário, decidi que minha fase de hard news (noticiário) estava concluída e era hora de seguir meu sonho. É um recomeço. Uma nova página na carreira.
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Como foi o processo para a sua saída do Jornal Nacional?
Foram muitas e muitas noites pensando até que tive uma primeira reunião para deixar isso claro para a emissora. Preparamos minha saída para que Renata Vasconcellos e Poliana Abritta tivessem tempo de se preparar para assumir suas funções. As pessoas me perguntam: "Ah, por que você saiu do Jornal Nacional?". A questão não é essa, não foi sair de um jornal específico, foi bem mais abrangente e profundo. Foi uma decisão de carreira. Quero construir algo novo, com outras formas e linguagens, com novas referências. Esse é o meu desafio. Minha carreira sempre foi de ciclos. Vou, aprendo, encerro e sigo em frente. Esse é meu novo momento e estou preparada para isso. Daqui a 20, 30 anos, não quero olhar para trás e dizer: "Pôxa, não tentei, meu coração sempre mandou e eu não fiz".
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Que projeto é esse que você entregou para a Globo? Tem previsão de estreia?Quando saí do JN, foi para desenvolver um projeto. Não estava de férias. A Globo me cedeu uma pequena equipe com a qual trabalhei durante esse tempo todo. Desenvolvi esse projeto, desde a concepção visual, o roteiro, o conceito e o formato, tudo. Mas ainda não posso falar muito sobre ele.
Até quando você ficará no É de Casa?
Enquanto fazia o meu projeto, o Boninho me chamou para participar do É de Casa e disse que um projeto não elimina o outro. Estou envolvida com o projeto e nem penso em sair. Acho que tudo vem a somar e o É de Casa será um bom começo para mim nessa área.
Quais são as suas referências na área do entretenimento?
Na época em que morei em Nova York, via muito o programa da Oprah Winfrey. É uma grande referência. Mas sou muito eclética, assisto de tudo um pouco.