Com o tema “O Sul é nosso palco”, o Planeta Atlântida encerrou sua 28ª edição por volta das 4h30min deste domingo (2), reforçando sua relevância como maior festival do sul do país. Mais de 80 mil pessoas lotaram a sede campestre da Saba, no Litoral Norte, para curtir os dois dias do evento que é tradição do verão gaúcho, gerando impacto positivo para o Estado muito além da música e do mercado de entretenimento.
Em ano de recorde comercial histórico, 30 parceiros locais e nacionais somaram-se para celebrar a resiliência dos gaúchos após um 2024 marcado por tantos desafios. O line-up estrelado comprovou a diversidade musical como uma das principais marcas do Planeta – um ponto em comum entre quase todas as 39 atrações foi a menção à força dos gaúchos e ao tema do festival deste ano.
Esta edição também foi marcada por novidades estruturais como a Arena Open Bar, espaço com vista privilegiada para o Palco Planeta. Os espaços e ativações dos patrocinadores ofereceram experiências além da música, como a já tradicional roda-gigante e a tirolesa, que conquistou os planetários. O Lounge, com mais de 700 convidados por noite, foi prestigiado por autoridades e parceiros.
Para muito além da Saba, o Planeta movimentou números expressivos com suas transmissões em streaming, na rádio Atlântida, na RBS TV e na Globo, que transmite os melhores momentos neste domingo, após o BBB. Somente na ATL TV, canal do YouTube que reúne os conteúdos em vídeo da Atlântida, foram mais de 1,2 milhão de visualizações nos dois dias de evento.
Da montagem à operação, mais de 4 mil profissionais atuaram no evento que evolui com seu público. Comprometido com o futuro, o Planeta Atlântida 2025 avançou nas práticas ESG, buscando contribuir com todos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU. Entre as ações, estão a distribuição gratuita de copos reutilizáveis e o reaproveitamento de materiais, com acompanhamento de toda a cadeia de recursos utilizados, e o ingresso solidário, com parte da renda revertida para entidades voltadas a pessoas em situação de vulnerabilidade. Para garantir um festival ainda mais inclusivo, esta edição teve novidades como Central de Acessibilidade, que oferecia kits para transformar cadeiras de rodas manuais em triciclos elétricos, melhorando o deslocamento no festival, a reformulação do espaço PCD e intérpretes de libras nos palcos.
Tudo isso comprova a força do Planeta Atlântida que completa 30 anos em 2026, como destaca a diretora-executiva de Marketing do Grupo RBS e head do festival, Caroline Torma:
— Uma tradição do verão gaúcho, o Planeta se renova a cada ano para seguir oferecendo as melhores experiências aos planetários e fazendo a diferença para o Rio Grande do Sul e para as gerações que virão. Esta edição, que celebra a resiliência de nossa gente, foi ainda mais especial e nos inspira a fazer mais e melhor em 2026. Que venha a edição dos 30 anos!
O CEO da DC Set Group, Rodrigo Mathias, reafirma a importância desta edição:
— Para além de ser o maior festival do sul do Brasil, o Planeta foi o primeiro evento multiatrações a ser realizado anualmente. Nesta edição especial, que celebra a força dos gaúchos, se consolidando também no cenário nacional, ganhando cada vez mais relevância e projeção.
Impacto positivo para o RS
No campo econômico, a expectativa de bares e restaurantes do litoral é de que o faturamento tenha aumentado 25% a 30% em relação a outros fins de semanas de verão devido ao Planeta Atlântida. O dado vem de levantamento realizado na quinta-feira (30) pela Seccional Rio Grande do Sul da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel no RS) com associados da região.
Segundo comunicado da entidade, os estabelecimentos afirmam que, antes mesmo de o festival ocorrer, a região fica movimentada com os profissionais que participam da preparação do evento. "Para essa época, os bares e restaurantes procuram estar preparados com um maior estoque de insumos", diz o texto.
A presidente da Abrasel no RS, Maria Fernanda Tartoni, destaca que muitos frequentadores do evento aproveitam para passar o fim de semana na praia.
— É muita gente que vai ao evento, e essas pessoas têm que comer, beber, dormir, comprar e fazer outras coisas, o que beneficia o setor (de bares e restaurantes) de maneira geral. Isso está ligado ao turismo de eventos, e sabemos que o turismo é um grande gerador de faturamento, de aumento de PIB dos setores.
Este é um dos impactos positivos do Planeta Atlântida na economia gaúcha. Levantamento realizado pela PUCRS Consulting divulgado em outubro destacou a capacidade do festival de contribuir para a geração de emprego e renda. O estudo demonstrou que somente a edição do ano passado movimentou mais de R$ 130 milhões na economia do Rio Grande do Sul. Para cada R$ 1 investido pela realização do evento, R$ 0,94 adicional foi gerado.
O presidente da Associação Comercial, Industrial e Prestadora de Serviços de Capão da Canoa e Xangri-lá (ACICC), Augusto Cesar Roesler, estima que o evento atraia mais de 100 mil pessoas para a região e que o consumo em bares, restaurantes, fast-foods e mercados aumente entre 10% e 15% em Capão da Canoa e Xangri-lá. Para ele, o Planeta leva visibilidade ao Litoral Norte, oportunizando que os frequentadores desfrutem a região.
A história do Planeta Atlântida
O Planeta Atlântida é o maior festival de música do sul do país e ocorre desde 1996, na praia de Atlântida. Mais de 1,4 mil atrações nacionais e internacionais, de diferentes estilos, já passaram pelos palcos do evento, levando aos planetários mais de 800 horas de música. O festival é o evento mais aguardado do verão gaúcho e já reuniu mais de 2,2 milhões planetários em suas 27 edições.
Ao longo dos anos, a programação reuniu atrações como Gilberto Gil, Racionais MCs, Zeca Pagodinho, Ivete Sangalo, O Rappa, Men At Work, Flo Rida, Fat Boy Slim, Charly García e Fito Páez. Entre astros que marcaram presença no Planeta Atlântida e deixaram saudade estão Tim Maia, Rita Lee, Mamonas Assassinas, Chorão e Champignon. Além de presenças gaúchas: Armandinho, Cachorro Grande, Chimarruts, Papas da Língua, Acústicos e Valvulados e Comunidade Nin-Jitsu.